b. O Livro da Igreja de Bom Jardim.
Entre os documentos
que testemunham os primeiros começos de
Bom Jardim, merece ser incluído um
caderno que leva o nome de "Livro da Igreja." A própria aparência já
é uma prova da sua grande idade, o que é comprovado pelo título. Este diz:
"Livro da Igreja da comunidade católica de Picada Bom Jardim e além do rio
ou 48 Colônias, começado em quatro de dezembro de 1834" Com toda a justiça
o livro merece ser considerado uma velha testemunha do passado. Considerando
apenas o ano e, tomando-o como data de
nascimento dessa testemunha, estamos diante de um sexagenário. Mas o ano de
nascimento deve ser anterior, pois a partir de 1834 registrou os acontecimentos
guardados na memória, preservando-os até os nossos dias, coisa que não se pode
afirmar de uma criança recém nascida. É lícito, portanto, equipará-lo aos
testemunhos mais antigos. A pergunta se é permitido considerá-lo mais
importante do que testemunhas vivas, depende do fato de ser superior em
conhecimentos e credibilidade aos demais
testemunhos contemporâneos. O que se pode afirmar do "Livro da
Igreja" nesta dupla relação?
Em primeiro lugar
não se pode contestar que este documento
não tenha conhecido toda a verdade. Quem fala por meio dele são os primeiros
povoadores dos quais nem um único está vivo. Eles relatam o que vivenciaram.
Que tenham falado a verdade garante-nos o fato de terem sido os membros mais
destacados da comunidade católica e os ancestrais dos colonos de hoje, para os
quais a veracidade se constitui na mais bela herança dos seus pais e avós.
Qualquer dúvida
razoável no que se refere ao conteúdo e veracidade do "Livro da Igreja”,
está, portanto, excluída. Mais. Sob certo ponto de vista o testemunho do "Livro da Igreja" é
preferível às testemunha vivas. É sabido que a idade enfraquece a memória e,
como conseqüência, prejudica a exatidão das informações orais. Num relato
escrito este inconveniente está excluído. O que está escrito preto sobre branco
permanece inalterado. A tinta pode apagar um pouco, mas os traços permanecem
claros e precisos. Além do ganho em segurança no que diz respeito a detalhes, o
prestígio de um "Livro de Igreja", supera o de qualquer testemunho
vivo.
No "Livro da Igreja"
(103) não dialogamos com uma pessoa individual, mas com muitos e exatamente com aqueles mais conceituados na
comunidade. Apresentam-se reunidos e nos
contam o que aconteceu naquele tempo
remoto. E, o que por fim aumenta ainda mais o conceito do "Livro da
Igreja", é o fato de ter sido guardado pelas autoridades eclesiásticas.
E, sendo assim
representa, sob todos os aspectos, um
testemunho digno de credibilidade e respeito. Não podemos deixar passar a
oportunidade de denunciar a insensatez daquelas pessoas que tiraram os
registros civis da competência dos sacerdotes e os confiaram a funcionários
civis. A nova moda custa muito dinheiro
que o Estado poderia canalizar para outras finalidades. De qualquer
forma é pouco o cuidado com livros de
óbitos, batismos e registros de matrimônios e sepultamentos. Se no passado a
igreja não se tivesse encarregado desta tarefa, dificilmente teríamos aqui no
país, o registro confiável de qualquer
pessoa.
Porque destacar
funcionários especialmente para esta tarefa? Ainda mais irracional nos parece
esta moderna febre quando examinamos a questão do ponto de vista exatidão. Quem
acredita que os pais declaram conscientemente todos os dados na repartição do
estado? Quem garante que tudo o que é
declarado é registrado com exatidão? Depois deste pequeno desvio voltemos ao
nosso "Livro da Igreja". Não há necessidade de registrarmos
expressamente que não incluiremos o
livro inteiro na crônica, mas só as partes mais interessantes e mais antigas.
Na primeira página
encontramos a informação sobre o terreno no qual se ergue a igreja católica
mais o terreno do cemitério.
No dia sete de
dezembro de 1834, Esaias Noll, com a concordância da esposa Anna Maria e seus
dois filhos maiores de idade, Peter e Magdalena e Heinrich, menor de idade,
doou e passou sem ônus para os moradores de Bom Jardim e 48 Colônias, no outro
lado do rio, a seguinte área de terra para construir uma igreja e implantar um
cemitério.
Primeiro. O local no
qual se ergue a igreja com o cemitério, forma uma unidade com 17 braças de
largura e 38 de comprimento, delimitado por seis marcos de pedra, livre de
pedras e rodeada de todos os lados pelas terras de Esaias Noll. A dita terra
foi medida por consenso e na presença de Esaias Noll e a comunidade, ocasião em
foram colocados os referidos marcos.
Segundo. Um
caminho dá acesso à igreja, mas sob a
condição colocado por Noll, que a comunidade se sirva do mesmo caminho que ele
mesmo com sua família usa para ter acesso à picada.
A área acima
mencionada, à esquerda da colônia de nº 23, picada do Bom Jardim, entrego, de
comum acordo com a minha família, em benefício nosso e dos nossos descendentes,
ou futuros proprietários desta colônia, como propriedade irrefutável de toda a
comunidade católica para sempre e por toda a eternidade.
E, para uma
confirmação maior, (104) Esaias Noll e a comunidade exararam um documento que,
depois de lido, foi assinado pelas testemunhas: Johannes Herzer, Valentin Lawall,
Daniel Schmitt, Conrad Bühler, Michael Paul Casper e Jacob Paul Casper, todos
colonos daqui, excluindo Esaias Noll, sua mulher e filho, confirmaram com a
impressão digital por não saberem ler.
Picada Bom Jardim,
dia, mês e ano como acima.
Isaias Noll impressão
digital
Anna Maria Noll impressão digital
Peter Noll impressão
digital
Magdalena Noll impressão digital
Heubruch Noll impressão digital
J. Herzer impressão
digital
Valentin Lavall impressão digital
Conrad Bühler impressão digital
M. Paul Casper i mpressão
digital
J. Paul Casper impressão digital
Dillenburg impressão
digital
Eckert impressão
digital
Na página três segue
o registro da primeira reunião acontecida entre os membros originais da
comunidade.
Acordo.
No dia sete do mês
de dezembro chegou-se ao seguinte acordo entre os moradores católicos que se
declararam pertencentes à Picada Bom
Jardim. A comunidade como um todo o declarou inviolável e, no final, foi
por todos assinado.
Primeiro. Todas
aquelas famílias que ainda não participam da igreja e quiserem filiar-se a ela,
obrigam-se a pagar 15 Thalers para, somente depois serem considerados membros
da igreja, com direito ao uso do cemitério.
Segundo. Na hipótese
de um filho, cujos pais são membros da igreja e do cemitério, casar com alguém cujos pais não
são membros, obrigam-se a pagar três Thalers para si mesmos e seus
descendentes, para ambos passarem a ser
associados.
Terceiro. (105) Se
pessoas que não são associadas quiserem contrair matrimônio na igreja,
obrigam-se a pagar a soma de três Thalers e responsabilizar-se por outras
eventuais despesas decorrentes do ato.
Quarto. No caso de
pais batizarem filhos sem serem associados deve pagar um Thaler à igreja e isto
para cada batizado, além das demais despesas.
Quinto.
Acontecendo falecer uma pessoas sem que
ela ou seus pais são associados da igreja ou cemitério, e quiserem ser
sepultadas no cemitério, obrigam-se a pagar um Thaler para cada pessoa ou
defunto.
Para maior segurança
o presente documento e acordo foi assinado pelos dois presidentes da igreja
Georg Eckert e Johann Mathias Dillenburg, elaborado de comum acordo com a
comunidade e assinado por todos os participantes da Picada Bom Jardim e 48
Colônias.
Acontecimento
ocorrido na Picada Bom Jardim, no dia, mês e ano, acima registrado.
Dos dados que seguem pode-se concluir que a
comunidade era extremamente generosa para com uma boa causa, apesar dos poucos
recursos da época que coincidiu com o início da Guerra dos Farrapos. Na p. oito
dos assentamentos dos dois presidentes Georg Eckert e Joh. Dillenbur, constam
todas as entradas da igreja.
A página seguinte registra (106) as despesas
na mesma data de 26 de dezembro de 1835.
Contas referentes às
despesas dos dois presidentes Georg Eckert e Joh. Dillenburg efetuadas na
construção da nova igreja local.
Com isso a
comunidade fica devendo 78 Thalers e cinco e meio vinténs ao presidente Georg
Eckert e Dillenburg. a conta foi apresentada
para a comunidade e por ela aprovada. Para se ter uma noção do valor do
dinheiro é preciso entender que na época
reinava bastante confusão no sistema monetário brasileiro. No tempo do
império predominava o português com variações de província para província. No
país circulava especialmente muito ouro e prata americana. Os dólares eram
simplesmente chamados de Thalers e as patacas valiam 16 vinténs. É preciso
chamar atenção ao fato de que as moedas portuguesas valiam o dobro. Um mil réis
português valia dois aqui, porque era considerado forte, isto é, valendo o
dobro. No ano de 1840 topamos com a interessante observação que o censor
Göttems pagou para o marceneiro Carl Arnhold 86 Thalers, uma pataca e oito
vinténs pela construção do altar. Depois do balanço de 1849 lê-se no dia sete de janeiro que a
igreja tem em haver 37$440. Observa-se pois, que passada a Guerra dos Farrapos o velho Thaler cedeu
lugar ao novo mil réis. Em primeiro de janeiro de 1950 encontra-se o registro:
Depois do balanço a igreja tem um débito de 70$ com Jacob Lärner.
Conforme o
"Livro da Igreja" em 1849 eram presidentes da igreja Jos. Allgayer,
1850 Jacob Lärner, 1851 Jacob Kehl, 1852 Joh. Welter. Em 1855 são três os
presidentes Joh. Welter, Joh. Fröhlich e Nic. Seewald. A estes sucederam Mich. Reiter (?), Jh. Ad. Kehl, (107) Math.
Klein e Mich. Petter. O fariqueiro Mich. Reiter recebeu por ocasião da sua posse em 13 de maio de 1855 o saldo de
305$610. Segue uma outra anotação: Hoje, 16 de setembro de 1855 eu, abaixo
assinado Mich. Reiter, presidente da igreja, paguei ao novo presidente da nova
igreja, Jacob Kehl, com a concordância da comunidade a quantia de 287$000, na
presença de M. Schütz e J. Pohren. O ano de 1856 cita pela primeira vez Joh.
Finger como presidente da igreja, como consta de um excerto de ata: Hoje, cinco
de outubro de 1856 os presidentes da igreja Mich Reiter, Mich. Petter, Math,
Klein e Joh. Ad. Kehl, fizeram prestação de contas e entregaram e as contas à
nova diretoria eleita: Johann Finger, Joseph Bokorni, Johann Dilli, Friedrich
Fey e Jacob Lärner. O presidente da igreja Johann Finger recebeu, contra um
recibo assinado, a soma de 124$000.
No ano de 1857 os
presidentes da igreja Johann Finger,
Friedrich Fey, Joseph Bokorni, Johannes Dilli e Jacob Lärner, lançaram no
livro, depois de aprovados por toda a comunidade de Bom Jardim e 48 Colônias, o
seguinte regulamento sobre a ova igreja de São Pedro, inaugurada em 29 de junho
do mesmo ano.
Artigo 1. A família
católica que quiser participar desta igreja, obriga-se a pagar a soma de
12$000.
Artigo 2. Na
hipótese do casamento do filho cujo pais são associados com alguém não
associado, ele paga 3$000
Artigo 3.
Acontecendo que num casal associado à igreja falece um dos cônjuges e o
sobrevivente contrai novas núpcias, não paga nada, mesmo que a pessoa seja
estranha, sob a condição de continuar como associado.
Artigo 4. Se
famílias se estabelecerem em propriedades na mencionada comunidade e vindo a
falecer um membro da família, este não poderá ser sepultado no cemitério, sem que antes se
paguem 6$000.
As severas
providências da parte dos associados da
comunidade, não podem ser estranhados por nenhuma pessoa de sã razão. Os
signatários contribuíram, ano entra ano sai, pela construção da igreja, tanto
com dinheiro quanto pelo fornecimento de materiais de construção ou trabalho voluntário. Por acaso não seria justo que
usufruíssem dos proveitos da igreja construída às suas custas? Aqueles que por
sovinice ou por outras razões pouco louváveis não participaram do trabalho, não
tinham porque se queixar, ao serem excluídos das compensações e o acesso a elas
lhes era facultado somente por meio de uma contribuição extra. Também nesta
situação é valido o provérbio: dorme-se na cama que a gente mesmo preparou.
Dito d passagem vale o mesmo em termos de
direito, para a contribuição em favor dos padres nas picadas. Somente aqueles
que construíram as pequenas capelas e pagam a contribuição irrisória para
custear as visitas pastorais dos padres, tem o direito de esperar que eles
batizem, presidam matrim^nios, etc., na capela da picada. Quem não for membro
da comunidade no sentido pleno, não tem
o direito de exigir um tratamento igual aos demais. O pároco fica à disposição
na sede da paróquia. Se alguém quiser batizar uma criança que vá tranqüilamente
a cavalo, duas ou três horas até a igreja paroquial. Lá nunca lhe será negada a
administração do sacramento. Ou por acaso o sacerdote e o pároco é obrigado a
viver em piores condições do que o fabriqueiro ou os membros da comunidade?
Somente alguém falto de todo o sentimento de justiça ou perdido por completo a
noção de justiça, e o que significa o pároco ou o pastor de almas, seria capaz
de exigir semelhante coisa. Infelizmente não poucos católicos estão
contaminados pela atmosfera da descrença e dos erros, ao ponto de enxergarem no
pároco nada mais do que um empregado. Desprezando qualquer justiça, exigem que
tais chamados "serviços" sejam prestados de graça. No seu íntimo
essas pessoas há muito deixaram de ser católicas. Não passaria de uma insensatez perder-se em
conversas ou acertos com eles. Neste caso os fabriqueiros agem todo o direito e
justiça quando chamam a atenção com certa energia os membros faltosos para os
seus deveres e dívidas, seguindo o provérbio sadio e compreensível de modo especial na mata
virgem: "Para um cepo tosco uma cunha tosca."
As contas dos anos
de 1857 a 1861 mostram a situação financeira da igreja nos anos que se
seguiram. No último deles encontramos encontramos algumas páginas adiante, a
seguinte informação:
"Hoje, 26 de
dezembro de 1861, na presença do Pastor J. M. Traube, Johannes Finger,
fabriqueiro, Friedrich Feyh, Johannes Fröhlich, Joh. Dilli e Anton Anschau,
houve balanço de final de ano. Foi constatado que, deduzidas as despesas e e
custos e consideradas as contas anteriores, o saldo a favor da igreja é de 275$570,
soma entregue ao presidente da igreja Johannes Finger."
Em anexo vem a
seguinte observação:
"À soma de
275$570 acima em favor da igreja de São Pedro de Bom Jardim, em mãos do
fabriqueiro, o senhor Johannes Finger, deve somar-se o valor de 51$300, omitido por engano. Desta
maneira o crédito em favor da igreja sobe para 327$870, confirmado com as
devidas assinaturas."
A mesma prática
continua, (109) ano por ano, até 1869 quando, conforme anotou o então vigário
Pe. Franz Schleipen, constatou-se um haver de 350$880. A soma está prevista
para a a aquisição de material de construção para a sacristia e um anexo na
moradia do vigário.
Algumas folhas
adiante lemos:
"Hoje, 26 de
dezembro de 1869 reuniu-se na casa do
vigário toda a diretoria da igreja com a comissão de construção, para deliberar sobre diversos assuntos do
interesse da comunidade. Em primeiro lugar
determinou-se o seguinte no que fazer em relação à nova sacristia e a
cozinha na moradia do vigário:
1. Pagar 100$000
deduzidos da fábrica da igreja, ao construtor Lange.
2. Encomendar pelo
mesmo Lange nove sacos de cal.
3. Solicitar a cada
domicílio que providencie por um saco de arreia.
4. Encomendar seis
dúzias de sarrafos, 250 tijolos e telhas com Karl Haller.
5. Encomendar a
grande estátua de São Pedro.
6. Encomendar a estátua de Nossa Senhora com o Menino.
Carlos Sänger, Georg
Gehring, Johannes Schneider, Johannes Finger, Friedrich Arendt, Johannes Dilli,
Jacob Kehl, Philipp Renner.
Algumas páginas
acima lemos uma decisão genérica sobre diversas questões relativas à comunidade.
Hoje, 7 de março de
1869, reuniu-se na residência do vigário Pe. Schleipen, a nova diretoria da
igreja, formada pelos senhores Johannes Schneider do Kunzlerthal, Carl Sänger
da Picada Café, Fiedrich Arendt e Friedrich Feyhen da Colônia 48, Georg Gehring
e João Dilli de Bom Jardim. Presente também se encontrava o fabriqueiro de Bom
Jardim, nomeado por S. Excia, o Senhor Bispo. O vigário presidia a sessão. Em
primeiro lugar o fabriqueiro foi empossado no seu cargo. Em seguida
discutiram-se várias questões relativas
a toda a comunidade e tomadas as seguintes decisões:
Primeiro. Cada pai
de família deve contribuir com 3$000 para a aquisição dos livros necessários
para a freguesia, dinheiros que serão arrecadas pelos censores da igreja.
Segundo. Para ao
futuro pagar-se-á para a fábrica da igreja uma pataca pelo batizado, uma vela
para cada bênção (?) e uma para cada matrimônio.
Terceiro. Cada
censor receberá individualmente durante dois meses as esmolas na igreja. Para a
seqüência observe-se a idade, sendo que
o mais idoso dos censores começa.
O vigário
Franz Schleipen
Seguem os nomes
acima assinalados.
Com data de seis de
outubro consta:
Hoje reuniu-se na
casa do vigário a diretoria da igreja para discutir assuntos do interesse da
comunidade.
Primeiro. Tomou-se
conhecimento da venda do missal para a capela de São João no Bohnenthal.
Segundo. Decidiu-se
ainda que a restauração do altar mor e do púlpito começará depois de entradas
as contribuições.
Terceiro. Depois de
passado o Natal começarão a ser feitos os reparos necessários na casa do
vigário.
O vigário
Eugen Steinhart
Johann Finger, Carl
Sänger, Georg Gehring, Friedrich Feyh, Johannes Dilli, Friedrich Arendt.
Para concluir o
relato sobre o "Livro da Igreja", mostramos o esboço de um contrato,
que a diretoria da igreja celebrou com o então vigário Eugen Steinhart, para
garantir a propriedade da casa paroquial. Ei-lo:
No dia quatro
de fevereiro de 1872 o Pe. Eugen
Steinhart assinou com os senhores Friedrich Feyh, Johann Finger e Johann
Fröhlich, os representantes legais da Associação de Homens, que se haviam
reunido para comprar e manter a dita moradia, um contrato pelo qual adquirem,
por dois anos pelo valor de um mil réis, o uso da casa em questão.
São Pedro do Bom
Jardim, 4 de fevereiro de 1875
Os contratantes.