Introdução
Desde a minha
juventude fui amigo entusiasta da
História Universal. Como rapaz lia com verdadeira sofreguidão as velhas
legendas dos santos com suas xilogravuras e constato que devo boa parte do meu
conhecimento histórico a essas leituras precoces. Mais tarde no ginásio foram
os livros de história osmeus companheiros prediletos. Movido por uma autêntica
ânsia e empolgação pelo saber mergulhava, não por horas, mas por dias e
semanas, naqueles textos. Para mim era um prazer enlevar-me e alegrar-me com as
grandes figuras do passado, que me cativavam com um secreto encantamento.
Respirava, sentia e me maravilhava naquele mundo do passado, ao ponto de um
amigo de juventude observar: "Tu
vives no passado, assim como eu vivo no futuro."
Para maior
segurança o presente documento e o “de
acordo” foi assinado pelos dois presidentes da igreja Georg Eckert e Johann
Mathias Dillenburg, elaborado de comum acordo com a comunidade e assinado por
todos os participantes da Picada Bom Jardim e 48 Colônias
O prazer que
experimentei com meus estudos históricos é inesquecível. A par do entusiasmo de
tudo que é grande e belo senti, desde muito cedo, o pesar pelo transitório de
tudo o que é terreno e despertou o meu ser para o eterno. Quando, mais tarde, o
caminho da minha vida foi direcionado para o Brasil, o anseio pela pesquisa
histórica encontrou pouco alimento. O mundo que se revelava para mim era
totalmente diferente, um mundo, por assim dizer, sem um passado perpetuado por
monumentos. Enquanto na Europa cada montanha, cada rio, ou cada lago e cada
cidade, tem a oferecer uma história de várias centenas de anos, no Brasil, na
maioria dos casos, nem as grandes cidades têm a oferecer uma memória histórica.
É um mundo novo no sentido mais pleno do termo. Nele tudo é natureza jovem e intocada. Contudo, mesmo
aqui, oferece-se num determinado grau a possibilidade de satisfazer a minha
tendência para a história. Sem dúvida é de outra natureza e não tão espetacular
e tão pródiga como no velho mundo. Na Alemanha a pesquisa histórica abre, a
partir de um presente acanhado e prosaico, as portas para um passado cheio de
brilho e poesia. No Brasil, ao contrário, ela nos leva , a partir de uma
evolução recente e de um bem estar satisfatório, para o começo na mata virgem,
por assim dizer, ao berço da nossa maneira de ser de hoje. Uma reflexão desta
natureza também tem o seu valor e é de
grande utilidade, como ficará claro nas páginas seguintes da nossa crônica. Bom
Jardim é o cenário das nossas observações. Escolhemos esta localidade, uma vez
que nos interessava trabalhar com um
pano de fundo multicolorido, para apresentar a história de vida de um homem que
se fez benemérito de toda a colônia alemã, o professor Mathias Schütz. A
intenção original foi publicar este pequeno trabalho como obra comemorativa do
jubileu de 50 anos do seu magistério, porém, a morte tirou o jubilar do nosso
meio, só lhe resta o sentido de guardar viva e perpetuar a sua memória, assim
como salvar do esquecimento as memórias
daquele tempo. São cada vez em número menor as testemunhas deste começo de
história. Sem serem percebidos baixaram, um a um, à sepultura. Para que isto
não aconteça com Bom Jardim, o que seria uma grande perda para o futuro,
pedimos aos anciãos veteranos desta
paróquia que nos contassem com detalhes como foram as circunstâncias no
passado. Reunimos e ordenamos os resultados e os oferecemos aos nossos
compatriotas alemães no Brasil, para o eu entretenimento e ensinamento. Talvez
sirva também de estímulo para que se escreva
história de outras picadas e desta maneira formar um retrato global da
vida (02) da população alemã no Rio Grande do Sul.
Como o tempo não permitiu que o livro fosse
concluído para o dia 3 d janeiro de 1897, data da comemoração, decidimos que o
“bebê” viessea luz numa série no
"Deutsches Volksblatt". Esta decisão tem a vantagem de que a história da paróquia se torna
conhecida por círculos mais amplos e preparar o clima para a data comemorativa.
Além disto essa forma de publicação oferece uma excelente ocasião para
enriquecer o conteúdo da obra e desta maneira fazer justiça aos
acontecimentos e às pessoas não
contempladas em nossa crônica, embora façam jus para tanto. Mais tarde essas
folhas poderiam se reunidas na forma de um livro, ampliadas, implementadas com
cópias das fotos dos personagens,
elaboradas artisticamente e publicadas no formato de uma "Crônica de Família."
Primeira parte
O desenvolvimento físico de bom Jardim
Capítulo primeiro
A fundação da colônia
O nosso velho e
confiável informante que, ignorando seus
84 anos, nos acompanhará em nossa jornada, nasceu no ano de 1915 em Damscheid na Oder Wesel,
província do Reno. Contava 10 anos quando seus pais deixaram a aldeia natal e,
partindo do porto de Bremen, empreenderam a viagem para além do oceano. Das 14
semanas que durou a viagem nosso informante não se lembra quase nada. Apenas
impressões muito genéricas, como o muito povo
no porto e a muita água, ficaram na sua memória. Somente imagens esparsas de parentes e conhecidos,
faziam parte de suas recordações. E, contudo, quantas cenas comoventes devem ter marcado a despedida e a longa
viagem. Que apertos no coração de muitos quando o navio se pôs em movimento,
cortando para sempre o caminho do retorno para a terra, onde não poucos
deixaram irmão e irmã, pai e mãe. Quantas
vezes não terão chorado em silêncio durante a solitária viagem pelo oceano,
chegando a se arrepender da decisão de emigrar para o novo mundo. As famílias
devem ter-se reunido especialmente à noite para, no aconchego falar sobre a
velha terra natal. Com certeza as crianças menores ouviam com admiração os
pais, os jovens tomados pela empolgação da juventude, sonhavam com grandes
planos e as moças crescidas olhavam com apreensão para o futuro. Durante as
intermináveis horas dos domingos subiam até Deus as melodias dos cânticos da
missa alemã, em meio à solidão do oceano. Eram aqueles cantos que haviam
cultivado fielmente na igreja com as ondas do mar fazendo o acompanhamento.
Bem-aventurados eles que depositavam a confiança no Senhor. Fiel Ele vigiava sobre os seus enquanto lhes
preparava um futuro feliz que, obviamente, deveria ser conquistado com trabalho
duro.
No Rio Grande
encontraram o navio que trouxera outros compatriotas para o Sul do Brasil. Eram
aqueles que partiram do Rio de Janeiro antes de nós, mas foram retidos em Rio
Grande. Por ocasião de uma tempestade tinham feito o juramento de festejar no futuro o
afortunado dia da chegada. E o dia foi o de São Miguel que daria o nome à
futura paróquia da Picada Baum, ou dos Dois Irmãos e viria a ser o seu patrono.
Como se sabe a comemoração motivou um desentendimento quando as autoridades
eclesiásticas, as únicas que têm autoridade para decidir sobre feriados,
transferiram a festa para o domingo. Paroquianos bem intencionados mas sem
conhecimento de assuntos teológicos, deixaram-se levar a manifestações e ações deploráveis. Ainda hoje há algumas
pessoas que se julgam no direito de venerar São Miguel, enquanto se rebelam
contra aquele a quem o Senhor entregou as chaves do céu.
No navio viajavam
alguns cabeça-dura e, como o capitão também não era dos melhores, a situação
desandou em desavenças e por fim em tumulto.
Continuamos a nossa
viagem até Porto Alegre, subimos o rio dos Sinos e, finalmente, acampamos no
Carioca. Na época não se percebia nada
de São Leopoldo além de uma pequena cabana nos arredores do atual Orpheu,
pertencente a um oleiro de nome Stoll. Também Novo Hamburgo jazia no seio da
terra e ninguém na época pensava sequer na possibilidade de um trem. A única
localidade habitada nas redondezas era a Feitoria Velha, na estrada entre São
Leopoldo e Lomba Grande. Nela morava o inspetor Lima, diretor da Colônia. Em
sua pessoa concentravam-se todas as atribuições relacionadas com os imigrantes.
Competia-lhe dar ou sortear os lotes coloniais. No começo era o responsável
pela distribuição de ferramentas e instrumentos de trabalho: serras, machados,
enxadas e sementes. Além disto acumulava as funções de delegado de polícia e
juiz. Na época todos os procedimentos eram muito rápidos e, sobretudo, baratos.
Não havia necessidade de advogados e escrivões. Nem cadeia havia. Em vez da
prisão usava-se uma trave de madeira comprida e pesada. Nela os perturbadores
da ordem e os arruaceiros eram facilmente levados a se acalmarem. Tratando-se
de pequenos delitos só os pés ficavam presos na trave. Quando maiores o pescoço
do malfeitor era forçado a suportar uma gravata dura. Junto ao inspetor um
policial ajudante cheio de pose exercia sua função. Seu nome era Loeb, um homem
de estatura pequena. Mais tarde foi agraciado com a colônia que hoje pertence a
Jakob Schneck. Não era um tirano, mas em tudo sabia o que era ordem e não
brincava em serviço.
Aqui ficamos
acampados esperamos ansiosamente pelo dia em que nos fosse indicada a nova
querência. Finalmente chegou o dia esperado. Atravessamos o rio no Passo junto
à futura São Leopoldo e, a pé, pelo campo fomos levados até o pé do morro do Lehm. Lá situavam-se as
26 colônias cobertas de mata fechada que nos foram destinadas.
O campo de hoje já
existia e estendia-se até o Portão, com uma diferença. O capim aveia cobria-o
até perder de vista e nele pastavam numerosas manadas de gado, vacas, bois e
cavalos. E que animais! Visivelmente gordos, robustos e belos, como hoje só
aqui e acolá se encontram. O gado pertencia a duas estâncias imperiais. Uma
delas situava-se no arroio Wainz (onde hoje mora Jakob Kroeff) e a outra no
local onde mora Lourenço Torres. Algumas
famílias já se haviam fixado aí. Eram Mecklenburguenses, entre os quais um
certo Berghan, que mais tarde deu o nome
a toda a picada. Além deles havia ainda um certo Weinmann e um outro de nome
Pettzinger. Sob muitos aspectos os Mecklenburguenses encontravam-se em melhor situação do que nós.
Tinham recebido do governo panelas e espingardas e cada família duas vacas e um touro além de
dois cavalos e um garanhão. Dessas benesses não usufruímos mais. A liberalidade
do governo caíra por alguns pontos e, por isso, nos restou seguir o princípio:
"Cada qual cuide de si!"
Armamos provisoriamente o nossos acampamento na beira do campo, ao pé do morro
do Lekur .
Na época não havia
nem vestígio dos móveis caros de hoje.
No assoalho, que consistia em terra socada,
cepos fixados no chão e sobre eles a mesa. Em vez da cozinha havia perto
da casa apenas uma cova no chão com o fogo e algumas forquilhas de madeira,
sobre elas uma vara transversal e nela penduradas as panelas. Na época
dispensavam-se os armários de cozinha, pois não havia louça para guardar.
Os demais utensílios
domésticos somavam apenas alguns
trazidos da terra natal, cujo valor consistia mais nas recordações que
evocavam do que no seu valor material. Tudo que havia de livros na casa
resumia-se em algum livro de reza, na
maioria dos casos rasgado e faltando folhas. Abrindo-se esses livros podia-se
ler neles a comovente despedida de um
amigo querido ou de um zeloso pároco que oferecia este anjo da guarda como o
melhor dos acompanhantes para a viagem.
Observemos agora como a família se reunia de manhã cedo em volta da mesa, para
a oração da manhã e o desjejum. Não havia tigelas nem chaleira para o café e o
leite, que hoje nos acenam convidativos sobre a mesa da colônia. Menos ainda se
podia esperar manteiga e doce, nem pão
perfumado e crocante, que mesmo dentes envelhecidos estavam em condições de
moer com facilidade. No lugar das maravilhas de hoje o hóspede se deparava com
a panela com o mingau de abóbora e farinha grossa de milho, durante muito tempo
os inseparáveis companheiros de mesa. Mesmo que a refeição não tivesse uma
aparência tão apetitosa, avançava-se com não menos entusiasmo e todos exibiam
boas energias como o exigiam as tarefas do dia. Depois do quebra-jejum esperava
a jornada diária, em grandes linhas semelhante a de hoje, mas distinta pelo
fato de os conhecimentos precários de como executá-la, a tornarem infinitamente
mais penosa. O braço do colono
substituía a força do boi e do cavalo, que só mais tarde, e em melhores
condições, vieram em seu auxílio.
Vamos dar uma olhada
para o acampamento. As famílias viviam na santa paz, cada qual numa pequena
cabana. Percebiam-se poucos utensílios de cozinha perto do fogo em frente à
cabana. Levávamos uma vida semelhante aos ciganos, o que podia ser constatado
de modo especial nas crianças. Haviam-se livrado de todas as peças de roupa de
alguma maneira dispensáveis e se desenvolviam maravilhosamente no clima quente.
Só aos domingos notava-se alguma movimentação em nosso acampamento, na medida
em que nos sábados à noite os homens voltavam do trabalho. Nos domingos
marchávamos numa longa procissão até o Portão, a fim de buscar laranjas para toda
a semana. Na segunda feira cada qual providenciava por mantimentos para a
semana consistindo, na maioria dos casos, em abóboras compradas na Estância. E
depois para onde? Obviamente para a colônia que fora destinada para cada um. Uns eram obrigados a
percorrer uma distância menor, outros maior. E que estradas! Estreitas demais
para permitirem a passagem de carroças. Não passavam de trilhas no mato subindo
a encosta íngreme do Lehmberg, partindo da casa do Bauermann. Antes de nós
colonos somente a comissão de demarcação havia avançado até o fundo da picada.
Chegado à sua colônia na segunda feira cada qual iniciava o trabalho com novo
ardor. Antes de mais nada importava providenciar pela moradia da família. Não passava de uma espécie de
"blockhaus", já que naquelas circunstâncias nem se pensava em tábuas.
Enfrentavam-se os gigantes da floresta com fogo, machado e serra. Sem tardar
alguns estavam no chão e não demorava e aprontava-se, da melhor forma possível,
uma espécie de tabuinha. Levantava-se o "blockhaus" trançando
taquarinhas do mato, leques de coqueiro e pendões de milho, fixados nos
caibros. As instalações internas eram evidentemente muito pobres. À sua vista
as lágrimas rolavam pelas faces de não poucos colonos. A maioria, com certeza,
teria voltado com muito gosto para casa. Mas, com a absoluta falta de dinheiro,
como pensar na possibilidade de voltar. O jeito foi transformar a necessidade
em virtude e pouco a pouco se acostumar-se com a nova situação. Pronta a casa
buscava-se a família no acampamento e acmodá-la na nova moradia. Enfim no
abrigo de uma moradia própria a sensação de intimidade e aconchego ia tomando
conta das pessoas. Evidentemente as circunstâncias externas ainda não chegavam
a inspirar segurança. De quando em vez os animais do mato aproximavam-se das
cabanas. Em momentos de distração os tigres espiavam para dentro e, às vezes,
carregavam também uma criança. Pelas frestas da parede e do assoalho da largura
de um dedo, penetravam os insetos, aranhas e outros bichinhos, obrigando a uma guerra
sem trégua. Ao mesmo tempo em que a casa era construída cultivava-se um pedaço
de terra. As plantas medravam magnificamente. No início cultivava-se feijão de
cor, aipim e as indefectíveis abóboras. Desde cedo cuidou-se da plantação de
laranjeiras. Embora a vida fosse amarga
e trabalhosa, pelo menos não se passava fome. Havia alimentos em abundância
embora sua aparência deixasse a desejar. Raras vezes enxergava-se carne ou pão.
As abóboras forneciam o ingrediente principal das refeições. Eram servidas na
forma de mingau na mesa de manhã e reapareciam da mesma forma no almoço e na
janta.
Só com grande
esforço conseguia-se farinha no Portão. O milho, pelo contrário, era fácil de
obter. Com muito trabalho era esmiuçado num moinho manual, reduzido a uma espécie
de farinha grossa e fervido. Com sal, que muitas vezes faltava, o gosto não era
nada ruim. Felizmente ninguém de nós era exigente. Alimentávamos a convicção de
que, apesar de tudo, com o andar do tempo, chegaríamos a alguma coisa. Ao menos
não éramos obrigados a trabalhar em primeiro lugar para os outros. Tínhamos
boas razões para cultivar a esperança de que o suor não corria em vão e os
frutos que colheríamos seriam nossos. Uma outra circunstância que aos poucos
nos reconciliaria com o Brasil foi o relativo clima de segurança em que
vivíamos. Tínhamos escutado muitas histórias assustadoras sobre bugres
selvagens; como assaltavam e saqueavam casas; como assassinavam os homens e
como arrastavam as mulheres e crianças para o mato. Graças a Deus fomos poupados
de todos esses perigos. Em nossa picada nem nos primeiros tempos
registraram-se encontros com esses
bandos de selvagens, excetuando um único ataque. Em duas ocasiões foram encontrados por acaso no mato locais de fogo recente e lugares de
acampamento dos bugres, mas não chegamos
a ver nenhum deles. Foi pelo menos assim que o velho Mathias Jung da Picada
Café nos contou. No Rosental (na estrada de São José até o Jakobstal) de fato
foram registrados ataques, assim como em Dois Irmãos, quando um certo
Altenhofen foi morto. Parece que os selvagens evitavam os imigrantes e no
começo estes não manifestavam muita curiosidade em seguir as pegadas dos
nativos no mato. Curiosidade não deixa de ser algo bonito. Acontece que é
preciso dispor de meios e de tempo pra satisfazê-la. Antes de mais nada a busca da verdade precisa estar livre de
perigos. Os colonos se contentavam em enxergar nos índios homens iguais a eles
e criaturas de Deus que, por obra do destino, haviam baixado até aquele nível
cultural. Não era de grande interesse dos colonos saber o caminho que os trouxe
até esta parte do mundo e a que família humana pertenciam. Os entendidos que
brigassem a respeito e que cada qual defendesse da melhor forma possível o seu
ponto de vista. Para esses pioneiros na mata virgem, batalhando para
satisfazer as necessidades da vida, o
fato de alguns os considerarem como originários da raça malaia, outros como descendentes dos
Fenícios, outros ainda como fruto de uma mistura entre os nativos da terra e de
tribos imigradas do oeste, não passava de uma preocupação de segunda ordem.
Para eles importava levar uma existência pacífica, protegida dos assaltos dos
selvagens. Por essa razão os colonos costumavam construir suas moradias
próximas umas das outras, em vez de dispersá-las pelo mato, para, na eventualidade de um
ataque, estarem em condições de se ajudarem mutuamente, com maior presteza e maior possibilidade de êxito.