Bicentenário da Imigração - 12

Um capítulo de especial importância na história da América latina colonial cabe aos jesuítas, como já foi observado em relação ao Chile, com destaque especial  para os missionários oriundos das regiões  onde predominou a "ordem alemã":  Áustria, Suíça, Silésia, Boêmia, Baviera, Luxenburgo, Alsácia, Lorena, Tirol do norte do sul. Antes de referir nomes e apontar as respectivas contribuições é preciso chamar a atenção para um detalhe histórico importante. No período em que a presença de jesuítas alemães foi mais significativo, 1600 a 1770, o território da atual Argentina, do Paraguai e uma boa parte do sul do Brasil, hoje pertencentes aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, encontrava-se sob a jurisdição da administração colonial espanhola como estabelecera o Tratado de Tordesilhas. Com a finalidade de facilitar o governo e  a "conquista espiritual" nesta imensa região, o Geral da Companhia de Jesus criou em 1607 a província do Paraguai. A ela estavam subordinadas as grandes frentes missionárias dos arredores de Buenos Aires  e do Pampa, do Chaco e de modo especial dos povos guaranis nas bacias  do Uruguai e do Paraná. Até aquele momento esses povos haviam sido atendidos pelos missionários itinerantes, com destaque para os franciscanos, que percorreram esses territórios durante décadas, porém,  sem resultados permanentes e duradouros. Uma das primeiras medidas foi  implantar centros de missionagem estáveis em pontos estratégicos. Depois de revogada a proibição  da imigração de estrangeiros para as colônias espanholas, o número de missionários de origem alemã cresceu visivelmente e inaugurou-se um período de mais de um século de intenso crescimento cultural. Mais do que para qualquer outra região da América Latina vale para o Prata  a opinião expressada por Otto Quelle do Instituto Ibero-americano válida de modo especial para o período entre 1660 e 1770:

Quando se faz uma avaliação global da atividade dos missionários alemães em tantos lugares na América do Sul entre 1660 e 1770, estamos frente ao maior feito cultural dos alemães na América do Sul no século XVII e XVIII. (Fröschle, 1979, p. 48).

O primeiro grande missionário  jesuíta  a desembarcar na região do Prata foi o tirolês Anton Sepp, oriundo de Brixen, hoje Bressanone no norte da Itália. Seu nome completo foi Anton Klemens Sepp von Seppenburg. Desde muito cedo demonstrou um dom todo especial pela música. Integrou o coro dos meninos da capela imperial e numa viagem posterior até a Inglaterra viu abrir-se à  sua frente uma brilhante careira como artista. Numa decisão repentina e definitiva decidiu renunciar à carreira e entrar na ordem dos jesuítas. Contando 36 anos os superiores o enviaram para as missões do Prata. Cheio de detalhes ele mesmo relatou a sua viagem de navio em companhia de couros mal cheirosos, ovelhas, galinhas, porcos, percevejos, piolhos e pulgas.  Descreveu depois a  viagem pelo rio da Prata e o Uruguai em direção às reduções, em canoas conduzidas por remadores índios, como bem mais agradável e muito mais confortável. Seu destino veio a ser a redução de Yapejú, dedicada aos Reis Magos. Em pouco tempo a redução transformou-se no centro da educação musical de todas as missões.  Além das atividades pastorais e do ensino da música o Pe. Sepp dedicou-se aos doentes, preocupou-se com o trabalho nos campos,  com as atividades nas oficinas, com a preservação dos templos e com as  moradias dos nativos. Sob sua condução a redução de São Miguel evoluiu a tal ponto que não demorou que a superpopulação levasse à fundação  das reduções filiais  de São João Batista,  São Luís, São Xavier, La Cruz e São José, onde faleceu 1733 com 77 anos de idade. 

O Pe.  Sepp deixou, além das descrições de viagem  uma outra obra com o título latino "Continuatio Laborum Apostolicorum", que também teve uma edição em alemão. Os demais escritos permaneceram manuscritos. Os escritos de Sepp  somados aos do Pe. Florian Paucke e do Pe.  Dobritzhoffer enumeram-se entre as fontes mais importantes das missões jesuíticas do Prata. 

Outro jesuíta alemão que se destacou nas missões do Prata foi o Pe. Florian Paucke, nascido em 1719 na Silésia. Tinha em comum com o Pe. Sepp o talento musical. De resto, entretanto, distinguia-se do coirmão pelo seu tino prático e artístico. Descreveu sua viagem para a América e suas experiências como missionário num livro intitulado "Hin und Her" (Para Cá e para Lá). A obra mostra Paucke como 

...um homem de temperamento jovial que sabia lidar com as dificuldades. Muito menos expansivo  que Sepp, mas de forma alguma árido. As histórias que permeiam as narrativas não são novelísticas como as de Sepp. Não se alinham com o barroco tardio mas com a ilustração. (Fröschle, 1979, p. 50)

Paucke foi destinado pelos superiores para as missões do Chaco. Seu primeiro posto de trabalho foi a Missão de San Javier entre os mocobieros, um povo nômade, rude e guerreiro, de índole rebelde, mais difíceis e refratários dos que os guaranis do Pe. Sepp, muito mais dóceis e mais dispostos ao trabalho e mais dispostos ao trabalho.

A primeira iniciativa que tomou foi tentar substituir as cabanas de barro com moradias de tijolos e cobertas com telhas. Só a muito custo conseguiu motivar os índios para o trabalho em olarias e na construção das casas. Costumavam trabalhar apenas enquanto lhes dava prazer para então entregar-se à bebedeira, vício generalizado e profundamente arraigado entre eles. Depois de interditados os locais públicos de consumo de cerveja de milho e alfarroba, embebedavam-se às escondidas. Só a muito custo e com algum êxito o Pe. Paucke conseguiu substituir a bebida alcoólica pelo mate importado das outras reduções. Teve que travar uma batalha ainda maior para que os nativos aceitassem dedicar-se a uma agricultura sistemática e de acordo com padrões capazes de dar resultados compensadores. O missionário registrou, contudo a sua admiração pela extraordinária capacidade de trabalho e principalmente de aprender, uma vez vencidas as resistências iniciais. Demonstravam habilidade toda especial quando se tratava de aprender música,  trabalhos manuais e de modo especial trabalhos de marcenaria, tornearia, escultura, pintura, tecelagem....

Os resultados do imenso esforço do Pe. Paucke em substituir o ócio e a bebedeira pelo trabalho sistemático, não tardaram em aparecer. Em pouco tempo a redução contava com 30.000 cabeças de gado. Não demorou e San Javier tornou-se conhecida pelas esculturas de seus homens e os tecidos de suas mulheres, além do coral e da orquestra de violinos, celos, flautas, harpas e tubas, frequentemente convidados para apresentações em Santa Fé e Buenos Aires. 

O Pe. Paucke teve ainda tempo para fundar a nova redução de San Pedro, antes de o decreto real de 1767 interrompesse a atividade dos jesuítas nas colônias espanholas. Tinha conquistado de tal maneira a simpatia e a fidelidade dos índios, que os espanhóis temiam por uma revolta a tal ponto que o comissário encarregado de realizar o inventário em San Javier e providenciar a retirada do missionário, a pedir uma escolta armada como garantia contra uma possível reação dos  nativos. 

Werner Hoffmann, autor do capítulo sobre os alemães na Argentina na obra "Deutschen in Lateinamerika", concluiu os seus comentários sobre o Pe. Paucke:

Como em outros casos a expulsão dos jesuítas das reduções junto aos macóbios, significou um pesado retrocesso para o Chaco espanhol. Os índios de San Pedro abandonaram a aldeia e retomaram a antiga vida de nômades. San Javier continuou como uma localidade caracterizada pela constante diminuição da população e aumento da pobreza. O Pe. Pauke retornou à pátria. Sua obra "Para Cá e para Lá" (Hin und Her), que pode ser encontrada em nova edição alemã e na tradução em espanhol, graças às excelentes observações do autor, seu talento  em reproduzir em cores vivas as cenas da vida dos índios, dos animais e plantas dos Chaco, pelas representações vivas e confiáveis dos dados, é interessante tanto para os historiadores da cultura, como para os etnógrafos, botânicos e zoólogos. (Fröschle, 1979, p. 52-53).

Martin Dobrizhoffer foi mais um dos jesuítas alemães que se destacaram entre os missionários da ordem que atuaram na região do Prata no período colonial. Como seu coirmão nasceu na Áustria em Steiermark, não no Tirol. Foi um autêntico cientista. Os superiores destinaram Dobrizhoffer para trabalhar com os Abipones do Chaco, um povo caracterizado pelos cronistas da colônia como o mais desenfreado e amante da liberdade de todo o Chaco, onde as mulheres cavalgavam de igual para igual com os homens. O autor do capítulo do livro observa: "e para junto deste povo enviou-se um professor vestido de sotaina". (Fröschle, p. 53).

A vida de Dobrizhoffer entre os índios  Abipones pode ser resumida num rosário de infortúnios e insucessos, devido em grande parte à índole dos nativos e, em parte, sem dúvida à própria personalidade do missionário. Resumiu seu estado de espírito entre os Abipones na redução de Concepción com o desabafo: "Preferiria morar entre os mouros do Marrocos do que entre os bárbaros que aqui me cercam". (Fröschle, p. 54).

Depois de inúmeras peripécias e infortúnios foi mandado recuperar-se nas missões dos guaranis por ele mesmo classificadas como uma "ilha de paz". Alcançou-o aí o decreto de expulsão. Os conhecedores de sua "História dos  Abipones" afirmam dela como sendo um retrato fidedigno deste povo de índole viril, de sua indomável vitalidade, selvajaria, crueldade e ao mesmo tempo de sua magnanimidade para com os vencidos. Apesar de toda a sua exatidão científica  soube ser um narrador magistral. Cunnigham Graham afirma de sua obra: "Quem lê essas narrativas deliciosas não pode deixar de tornar-se amigo pessoal de Dobrizhoffer". (Cf. Die Deutschen in Lateinamerika. P. 55).

Um quarto jesuíta de nacionalidade alemã, Mathias Strobel de Steiermark, tornou-se conhecido nas missões do Prata e do Pampa. Atuou por algum tempo entre os Guaranis para depois ser destinado para os índios Pampas. O contato com os brancos e a consequente generalização do vício da bebida haviam arruinado esses povos. Strobel fixou na redução de Concepción o centro de irradiação de suas atividades. Deu início a um combate sem futuro contra os comerciantes espanhóis. Buenos Aires encontrava-se demasiado próxima tornando inviável a proteção dos índios contra os castelhanos. Mais tarde viveu a mesma experiência com os Puelches da redução de Pilar nas proximidades de Mar del Plata. 

Strobel foi nomeado superior das missões junto aos Guaranís  que somavam em torno de 100.000  índios, na fase mais crítica dessas reduções nos cento e cinquenta anos de sua existência. A troca dos sete povos pela Colônia do Sacramento  acertada entre Espanha e Portugal por  Fernando VI, previa a transferência dos Guaranis dos  Sete Povos do Rio Grande do Sul, para a margem direita do rio Uruguai. O Geral da ordem concordara com a transferência e o Pe. Strobel, pela dupla obediência que devia ao superior geral e ao rei, viu-se na complicada missão de tentar a passassem pacifica dos índios para a outra margem do rio. Aconteceu o previsível. Os guaranis que cultivavam uma grande afeição pelas suas aldeias, terras, plantações e rebanhos de gado, pela primeira vez rebelaram-se contra os "pais e  guias" e recusaram-se a abandonar as aldeias. O que aconteceu depois é por todos conhecido. Uma parte dos guaranis de fato passou para a margem direita do Uruguai em território Argentino, os outros, após uma resistência armada sem futuro, derrotados, embrenharam-se nas florestas e retornaram à vida selvagem, ou permaneceram nas reduções e com elas decaíram física e espiritualmente até um nível deplorável. 

O historiador que fixou para a posteridade os episódios que envolveram a troca da região dos Sete Povos no Rio Grande do Sul pela Colônia do Sacramento, foi um outro missionário jesuíta alemão, natural da Baviera de nome Bernhard Nussdorfer. Chegou ao posto de reitor do ginásio de Santa Fé e superior provincial da província do Paraguai dos jesuítas. Sua obra "Relación" representa uma das fontes mais importantes para o estudo da "Guerra dos índios Guaranis". 

É óbvio que nem todos os missionários jesuítas que foram destinados para a região do Prata tiveram a envergadura de Sepp, Pauke, Dobrizthoffer, Strobel e Nussdorfer. Um número significativo deles imortalizou-se nas diversas especialidades a que se dedicaram como missionários entre nativos dos mais diversos povos. A soma de suas contribuições foi decisiva para o esplendor, o progresso e o nível civilizatório extraordinário alcançado pelas reduções do Prata entre 1600 a 1770.

Sem a pretensão de fornecer uma lista completa  dos jesuítas alemães que se destacaram na época em pauta, fornecemos os nomes e as obras de alguns deles, afim de possibilitar de alguma forma a avaliação da sua importância: Johannes Kraus projetou a igreja de Santo Inácio, a mais antiga de Buenos Aires. Sucedeu-o na conclusão da obra e na construção do colégio o irmão leigo Johannes Wolf natural de Bamberg, por sua vez substituído por outro irmão leigo Peter Weger, oriundo de Kempten. A magistral obra barroca da igreja da Estanzia Jesuita Santa Catalina em Córdova  foi obra de Anton Harls de Tegersee e a igreja de San Telmo em Buenos Aires do seu conterrâneo Josef Schmidt. Ao lado dos artistas contam-se artesãos como o fundidor de sinos Josef Klausner de Munique, o ferreiro e construtor de relógios Karl Frank de Innsbruck, os construtores de órgãos e outros instrumentos de música Sepp, Paucke e Martin Schmidt. Schmidt não só fabricava instrumentos como ensinava os índios a tocá-los como cantava e dançava com eles. Ele dizia de si mesmo: Apesar disso sou missionário. Sou missionário porque canto, danço e toco. Schmid e o boêmio alemão Johannes Messner abasteciam as missões dos chiquitos com violinos e contrabaixos de cedro, clavicórdios, harpas trombetas, etc. A primeira tipografia posta em funcionamento  na província da ordem no Paraguai foi instalada por Johann  Neumann e o jesuíta espanhol José Serrano. Só o papel vinha da Europa. Os índios fundiam os tipos sob a supervisão de Neumann além de realizarem as vinhetas e lâminas de cobre. O livro argentino mais antigo de que dispomos, um volume com 438 páginas de duas colunas, 67 vinhetas e 43 lâminas de cobre, é o tratado "De la diferentia entre lo Temporal y lo Enterno", traduzido para o guarani pelo padre Nieremberg. Uma das maiores preocupações dos missionários consistia em manter os índios o mais possível afastados da influência dos espanhóis. Para tanto aprenderam  e estudaram a fundo as línguas dos nativos e as transformaram em veículo de comunicação oficial. Consequentemente foi preciso confeccionar gramáticas e dicionários em guarani, macobiano e outras, obrigando os missionários a serem de alguma forma lingüistas, filólogos, gramáticos, etc. Nessa tarefa sobressaiu o Pe. Josef Brigniel de Klagenfurt autor de uma gramática e um dicionário da língua dos Abipones.

O isolamento dos espanhóis deixou a descoberto a importante área de necessidades relacionados com a saúde a serem supridas pelos missionários. Por essa razão os padres, que de alguma forma dominavam os conhecimentos e as práticas médicas, embora sem uma habilitação formal por escolas de medicina convencionais, assumiam uma importância vital para o atendimento de seus protegidos. Neste particular sobressaiu o padre Sigismund Asperger, natural de Innsbruck na Áustria. Dominava não só os conhecimentos e os medicamentos europeus como adquirira uma grande familiaridade com raízes e ervas medicinais da tradição indígena. Na sua bagagem trouxe da Europa uma enorme quantidade de medicamentos e foi ele que logrou sustar o surto de peste que grassava em 1718 em Córdova. O silesiano Heinrich Peschke se tornou famoso pelas coleções de ervas medicinais que reuniu durante a sua estada também em Córdova. 

Missionários alemães como os irmãos leigos Gartner de Iglau, Gleisner da Vestfália, Herl da Baviera, Kobel da Suábia e Elvers de Hamburgo, foram os grandes responsáveis pela instalação de tecelagens de algodão em Alta Garcia, Córdova. O padre Josef Klein, um silesiano de Glatz montou serrarias e implantou importantes estâncias de criação de gado na região do Chaco. Sobressaíram como cartógrafos de grande precisão da área das missões vários padres alemães com destaque para Karl Rechberg, natural de Altdorf na Suíça. Resumindo é lícito afirmar: 

Os jesuítas foram os portadores da cultura no período colonial espanhol. Sua contribuição foi essencial para o desenvolvimento econômico de sua província sul-americana. Religiosos alemães que junto de  seus superiores gozavam da fama de "missionários incansáveis e exemplares"  contribuíram com uma parcela importante na obra civilizadora da ordem na região do Prata. (Fröschle, 1979,  p. 59).

Além dos muitos missionários jesuítas alemães que  deixaram sua contribuição para sempre marcada na região do Prata, outros alemães em menor número deram seus préstimos para a administração colonial. O rei de Espanha contratou  para atuarem no vice-reinado de Buenos Aires, o diretor de minas Zacharias Helms. Este veio acompanhado dos engenheiros von Nordenflycht e  Daniel Weber, peritos nas técnicas de amálgama. Helms, depois de desembarcar em Buenos Aires, seguiu por terra para as minas de Potosí, na época pertencentes ao vice-reinado de La Plata. No seu relato de viagem resumiu a sua opinião sobre o atraso das colônias espanholas na América Latina com um julgamento que acertou em cheio o prego na cabeça:

Caso os espanhóis se preocupassem mais com o bem estar do conjunto dos países do que pela promoção dos interesses pessoais, não deveria ser difícil  educar os índios selvagens para súditos úteis da coroa, através de um comércio amistoso,  como o demonstram as tribos de índios civilizados. Acontece, porém, que na América do Sul só os escravos trabalham. Os índios representam em última análise a única classe que trabalha. Ao trabalho desses pacientes burros de carga devemos todo o ouro e prata produzida na América Espanhola. (Fröschle, 1979,  p. 60)

No seu relatório  de viagem publicado em alemão em 1798 e em inglês em 1806, pintou um retrato muito negro das dificuldades que encontrou, sobretudo ligadas à corrupção dos administradores e funcionários da colônia. Em Potosí montou um laboratório no qual desenvolveu uma técnica de processamento do cobre que reduziu em vinte vezes as técnicas em uso na época. No esforço  em modernizar as minas entrou em conflito com governadores e subalternos e entre o povo foi estigmatizado como arqui-herege e judeu, acusado de privar os mineiros do pão com os novos métodos de mineração. Com a saúde arruinada e de posse de um parecer médico decidiu voltar para a Europa.

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