A
Antropogênese
À linguagem cabe o papel de meio de campo
entre a preservação da individualidade e as relações que consolida com seus
semelhantes. As pessoas dialogando desenvolvem bases de entendimento mútuo, fundamentadas em conceitos abstratos, representações,
simbolismos, etc., conforme o entendimento do Pe. Balduino Rambo.
Ela é, sem dúvida, muito mais do que um veículo técnico de comunicação.
Ela desabrochou do sangue e da natureza de um povo. Por isso reluzem sobre suas
folhas as reminiscências do orvalho dos
tempos primigênios e do seu cálice emana ainda
hoje algo do perfume do mistério da alma humana.
A expressão mais evidente do sangue comum e do espírito, da alma comum,
do modo de pensar comum é a língua. A identidade étnica dispõe, obviamente, de
outras modalidades e de outras formas de fazer visível a sua cultura: a música,
a pintura, a escultura, festas, trajes, usos e costumes. A língua, entretanto,
constitui-se no sinal identificador mais
essencial da identidade étnica. Torna possíveis as demais manifestações e de
certo ponto as inclui.
A língua materna é uma flor milagrosa plantada por Deus à margem da
estrada dos povos, para que nela se alegrem. Aquele que a pisoteia e, sob qualquer pretexto a
rouba, danifica a sua alma e se intromete criminosamente no santuário da alma
humana. (Rambo, Balduino. 1935. )
O significado da língua na sua forma mais
ampla de “comunicação”, formulada por David Everett há poucos meses, poderia
parecer inspirada na reflexão do Pe. Rambo feita há oitenta anos. A língua,
segundo o primeiro, resulta da capacidade cognitiva do homem; faz as pessoas
comunicarem-se de acordo com os padrões consagrados e consolidados pela
história de cada cultura particular; e ainda faz as pessoas compartilhar com as
demais o que desejam comunicar. A semelhança
fica ainda mais evidente na continuação da reflexão feita pelo segundo,
há quase oito décadas.
A língua materna simboliza a mesma maneira de pensar e a mesma maneira de sentir. Sob esse
aspecto ela representa um dos tesouros mais sagrados dos povos. A língua comum
constitui-se no veículo mais completo da compreensão mútua, não somente por
causa dos mesmos sons e das mesmas palavras, mas antes de mais nada por causa
das mesmas percepções que transmite. A língua materna comum permite a formação
da comunidade de destino comum. Por meio dela somos capazes de superar com
maior facilidade a enorme solidão da nossa existência e trilhar com mais
segurança a difícil, a longa, a íngreme e a escura trilha da nossa vida.
Ninguém se basta a si mesmo. Pelo contrário. Quanto mais importante é o homem
tanto mais sente a solidão e a impotência e com tanto maior ânsia procura os
homens que Deus lhe concedeu como companheiros de viagem a dois, a três ou a
muitos, para que a jornada seja menos solitária. (Rambo. 1935. p. ?)
Depois dessa digressão voltemos a Teilhard
de Chardin. Não há necessidade de insistir mais de que ele vai conduzindo toda
a sua linha de raciocínio em busca de um ponto de convergência da natureza
global. Ocupa-se com a pluralidade das realidades naturais com a certeza de que
pela sua natureza fazem parte de uma grande unidade. A visão unitária do
universo e da natureza encontra-se implícita no macro-modelo desenhado para
balizar a coerência da suas reflexões. Tudo teve o seu começo no “alfa”. Nele
concentrou-se a matéria original, o “estofo” dotado de um potencial ilimitado
de diversificação, reagrupação, complexificação e concentração sobre si mesmo, até voltar
novamente, no final, a uma unidade definitiva, o “ômega”. No último capítulo do
“Fenômeno Humano”, intitulado “A Terra Final”, a sua intenção nesse sentido
fica cada vez mais clara.
O homem só continuará a trabalhar e a pesquisar se conservar o gosto
apaixonado de fazê-lo. Ora, esse gosto está inteiramente pendente da convicção,
estritamente indemonstrável para a Ciência, de que o Universo tem sentido e de
que pode, ou até de que deve desembocar, se formos fiéis, em alguma
irreversível perfeição. Fé no progresso.
Podemos conceber cientificamente um melhoramento quase indefinido do
organismo humano e da sociedade humana. Mas logo que se trata de materializar
praticamente os nossos sonhos, constatamos que o problema continua
indeterminado, ou mesmo insolúvel, a menos que
admitamos, por uma intuição parcialmente supra-racional, as propriedades
convergentes do Mundo a que pertencemos. Fé na Unidade. (Teilhard de Chardin.
1986. p. 324)
Na citação acima, Teilhard como cientista deixa
clara a dificuldade em oferecer, via Ciência, a perspectiva para uma resposta
final e conclusiva para o desfecho da evolução em geral e a do homem em
particular. Percebe como, para entender o Universo e a Natureza, os cientistas desmontaram a
realidade até as últimas peças. E no afã de, por esse caminho, encontrarem
respostas de fundo para as hipótese que os orientam, cresce, no mesmo ritmo do
avanço das suas descobertas, a desconfiança de que não e por essa via que irão
obtê-las. Se essa foi a situação em meados do século XX, o que não dizer do começo
do século XXI?. Em todo o caso, e o que interessa, é que ele descreveu o
desfecho final, para o qual deverão contribuir tanto as Ciências Naturais
quanto as Ciências do Espírito.
Quando olhamos no Universo movediço para o qual acabamos de despertar, as
séries temporais espaciais divergir e
soltar-se à nossa volta e para trás, como as camadas de um cone, fazemos
Ciência pura. Mas quando nos voltamos para o lado do Ápice, em direção à
Totalidade e o Porvir, forçoso nos é fazer também Religião.
Religião e Ciência: as duas faces conjugadas de um mesmo ato completo de
conhecimento, - o único que pode abarcar para completá-los, medi-los e
consumá-los, o Passado e o Futuro da Evolução.
No reforço mútuo dessas duas potências ainda antagônicas, na conjunção
da Razão e da Mística, o Espírito humano, pela natureza do seu desenvolvimento,
está destinado a encontrar o extremo de sua penetração, com o máximo de
sua força viva. (Teilhard de Chardin.
1986. p. 324)
A no seu texto complementar ao “Fenômeno
Humano”, ao qual deu o titulo de “O Homem na Natureza”, formulou a conclusão de todo o seu esforço científico e
as reflexões que o acompanham, nos seguintes termos.
Se o polo de convergência psíquica no sentido do qual gravita,
organizando-se, a Matéria não fosse nada
de diferente, nem nada mais que o agrupamento totalizado, impessoal e
reversível, de todos os grãos de Pensamento cósmicos momentaneamente refletidos
uns nos outros, o enrolamento do Mundo sobre si mesmo desfazer-se-ia, na
própria medida em que a Evolução, ao progredir, tomaria consciência mais clara
do beco sem saída em que terminaria. Sob pena de ser incapaz de formar o fecho
de abóbada para a Noosfera, “Ômega” só pode ser concebido como o
ponto de encontro entre o Universo chegado ao limite de concentração e um
outro Centro ainda mais profundo – centro auto subsistente e Princípio
absolutamente último de irreversibilidade de personalização: o único verdadeiro
Ômega. E julgo ser neste ponto que se insere na Ciência da Evolução, o problema
de Deus – Motor, Colector e Consolidador da Evolução. (Teilhard de Chardin.
1956. p. 148-149)
Pelo exposto fica claro que, salvo melhor
juízo, Teilhard direcionou todo o seu
esforço de cientista, de etnógrafo, de etnólogo, de geógrafo, de historiado, de
filósofo, e porque não de teólogo e místico, em favor da demonstração de que o
Universo é Uno na sua incrível diversidade. Essa Unidade somente é possível se
houve um começo único, um “Alfa”. A mesma lógica pede também que o desfecho que
levou a Evolução à Pluralidade, à diversidade extrema numa primeira fase, e
numa segunda, voltou a concentrar-se (lembramos a metáfora
do globo terrestre), em busca de ponto de chegada final, único e definitivo – o
“Ômega”. Apesar da Pluralidade acompanhada de uma aparente dispersão, uma linha
mestra, um “Leitmotiv”, uma teleologia garantiu e garante ainda a Unidade
radical. E se existe uma teleologia, uma causa eficiente – um “Alfa” – as
potencialidades da Evolução estavam previstas no “Estofo” primordial do
Universo, e a Evolução mesma direcionada
em busca de um objetivo, de um fecho final- o “Ômega”. A lógica dessa
cosmovisão só pode terminar numa conclusão, aquela que o próprio Teilhard
formulou no “O Lugar do Homem na Natureza”: o “Alfa” confunde-se com o Deus
Criador e o “Ômega” o mesmo Deus, princípio, alma, razão de ser e destinação
final do Universo, da Natureza e do Homem. “E
julgo ser neste ponto que se insere na Ciência da Evolução, o problema de Deus
- Motor, Colector e Consolidador da
Evolução” (Teilhard de Chardin. 1956. p. 149)
Para Teilhard são fundamentais os
conceitos emprestados ao alfabeto grego: “alfa” e “ômega”. O sentido metafórico
de “começo” e “fim”, de “ponto de partida” e “ponto de chegada”, não deixa
dúvidas. Entre esses dois polos localiza-se, numa perspectiva macro-histórica,
a evolução do Universo, da Natureza e do Homem e, consequentemente, a evolução
individual de cada uma das realidades que compõem o todo. Do “estofo”
primordial, existente lá no começo, confundindo-se com o “alfa”, resulta a
matéria original na forma de átomos. A partir desse estágio entram em ação os
processos de agregação, de repetição geométrica, de complexificação, de
compressão e a consciência, que aceleraram num ritmo geométrico a dinâmica da evolução. Não é aqui o lugar
para entrar a fundo nos meandros, nas
sinuosidades, nos aparentes becos sem saída e os recursos teóricos e metodológicos de que o autor do
“Fenômeno Humano” e do “Homem na Natureza” se valeu, para não desviar-se da
perspectiva científica. Esses aspectos já foram analisados em outra passagem
das presentes reflexões. No fundo duas preocupações parecem orientar a maneira original com que o
autor conduziu suas analises e as suas reflexões. Teilhard preocupa-se, de um
lado, em deixar claro de que lida com a evolução na perspectiva das Ciências
Naturais. Do outro, entretanto, a sua formação filosófica e teológica e,
principalmente, sua fé inegociável, dificultam-lhe em muito a caminhada. São de
modo especial cruciais a resposta para a origem da matéria prima, o
“estofo” do Universo, a origem da vida,
os salto do instinto para a inteligência reflexa. Corre paralela a preocupação
para não perder de vista as causas, ou a causa, responsável pelo surgimento da
matéria e, como a evolução, amarrada a uma teleologia, culmina num ponto de
partida pré-estabelecido. Entende-se a dificuldade de Teilhard em movimentar-se
nesse campo minado e manter-se fiel ao propósito de não cair na tentação de, à
maneira de um “deus ex machina”, valer-se de referenciais alheios às Ciências
Naturais. Conceitos como “causalidade eficiente”, “destino”, “criação”, “revelação
natural”, “criador”, “forças sobrenaturais ou preter-naturais”, “design
inteligente” de maneira alguma seriam recursos explicativos legítimos, num
texto que se orienta por uma abordagem científica. Entretanto não deixam de
decidir indiretamente, à maneira de um pano de fundo, sobre a natureza e o rumo
das reflexões.
O arcabouço conceitual escolhido por
Teilhard para tornar compreensível a genialidade da sua cosmovisão global do
Universo, da Natureza e do Homem, prima pela lógica e coerência. Tudo começou
no polo “alfa” onde reina total simplicidade. Essa simplicidade, porém, é apenas aparente. Ela oculta um potencial ilimitado
de desdobramentos, que vão se materializando
no decorrer da evolução, tanto no plano macro quanto no micro e no
nanocósmico. “O Fenômeno Humano” nada
mais é do que o desfecho dessa história com o surgimento do homem, inserido
“sistemicamente”, como diria von Bertalanffy, nesse contexto global e universal.
A evolução em todos os níveis e abrangências conta com os mecanismos da agregação, da
repetição geométrica, complexificação e compressão, como responsáveis pela infinita diversidade e níveis que se
observam na natureza. Com o acirramento da complexificação, acentua-se a
compressão e com ela os níveis de consciência tornam-se cada vez mais
perceptíveis e mais atuantes. Na primeira fase da evolução predominou a
diversificação – os meridianos do globo terrestre ilustram essa dinâmica – na
segunda acentua-se a compressão, até que tudo seja subsumido num único polo de
convergência – o “ômega”.
Os processos responsáveis por essa
dinâmica, além dos seus resultados são explicáveis pela evolução natural. Há,
porém, três momentos nessa história de bilhões de anos em que os acontecimentos
se complicam. São situações limite em que qualquer cientista isento e sem
preconceitos pergunta: o meu arsenal metodológico e conceitual está, de fato,
em condições de dar uma resposta que convença, ou devo remeter essa tarefa a
uma outra instância que dispõe dos instrumentos adequados para lidar com o
problema? Os três momentos críticos são, para repeti-los de novo: o primeiro, a
origem da energia, a matéria prima, “o estofo” do universo; o segundo, o
surgimento da vida com suas características de “sistema aberto”, alimentando-se,
locomovendo-se e reproduzindo-se e orientando-se por instinto; o terceiro, a
hominização que equipou o cérebro do homem com a inteligência racional. Não é
aqui a ocasião para requentar essa discussão a nível genérico. Nosso interesse
resume-se no caminho que Teilhard escolheu para lidar com o problema. Fiel ao
propósito de enfrentar essas questões
intrincadas ao nível da evolução natural, espera-se que não remeta a
explicação a algum “design inteligente”, ou, o que ninguém estranharia, jesuíta
que era, declarar que as Ciências Naturais não têm como dar uma resposta
conclusiva, restando a Criação como solução. Optou pela saída de qualquer
cientista honesto. Lidando com esse tipo de desafios como sendo hipóteses, e
nada mais. É o que ele deixa claro ao
introduzir o capítulo primeiro do “Fenômeno Humano”, com o titulo “O Estofo do
Universo.
O estofo do universo: esse resíduo último das análises sempre mais
minuciosas da Ciência ... Não desenvolvi com esta, para saber descrevê-lo
dignamente, aquele contato direto, familiar, que faz toda a diferença entre o
homem que leu e o homem que experimentou. E sei também do perigo que existe em
tomar, como materiais de uma construção que se desejaria duradoura, hipóteses
que, na própria mente daqueles que as propõem, não devem durar mais do que uma manhã.
Em compensação sobre a variedade de teorias que se vão amontoando umas
sobre as outras, surge um certo número de caracteres que reaparecem
obrigatoriamente em qualquer uma das explicações propostas para o universo. E
dessa “imposição” definitiva, na medida que ela exprime condições inerentes a
toda a transformação natural, mesmo viva, que deve necessariamente partir e que
pode decentemente falar o naturalista empenhado num estudo geral do Fenômeno
Humano. (Teilhard de Chardin. 1986. p. 41)
Pelo visto Teilhard atribui ao “estofo” do
universo as potencialidades necessárias para que a evolução em geral pudesse
acontecer, inclusive “gerar a vida”. Fica claro, entretanto que se apoiam em
hipóteses “que não devem durar mais do que uma manhã”. Como cientista não se
preocupa em especular, ou propor mais um palpite, mais uma hipótese que “não
dura mais do que um manhã”, sobre a origem e natureza do “estofo” do universo.
Prefere adotar a linha de raciocínio ditada pelo fato objetivo de que a
natureza evolui e se transforma. Trabalha com o pressuposto de que no “estofo”
do universo encontram-se em potencial, desde
a sua origem, os elementos e mecanismos que no decorrer de bilhões de
anos, levaram pela evolução, ao que hoje presenciamos no macrocosmos, no
microcosmos e no nanocosmos. No entender de Teilhard, essa gigantesca
construção, tanto no tamanho, quanto na diversidade foi possível, porque o “estofo” primordial previa a agregação, a
repetição geométrica, a complexificação e a compressão como ferramentas que
permitiram que a consciência se manifestasse em níveis cada vez mais
aperfeiçoados. Mas no fundo, no fundo, o panorama da evolução vai sendo
desenhado por um plano, que orienta o rumo e permite supor uma razão de ser e
não apenas uma mera casualidade. O “alfa” como ponto de partida, a
diversificação e a complexificação e, finalmente, a compressão, para terminar
no “ômega”, levam à conclusão de que o autor supõe uma teleologia, responsável
para que a dinâmica não se desgarre do caminho traçado. Somente aceitando uma
teleologia entende-se a evolução global, acontecendo entre os dois polos, o
“alfa” como ponto de partida o “ômega”
como ponto de chegada.
O potencial contido no “estofo” do
universo materializou-se na complexa
realidade que vem a ser o mundo anorgânico e o orgânico não vivo. Sua pedra
angular é o átomo. Multiplicando-se quantitativa e qualitativamente por
agregação, por repetição geométrica, por complexificação e por compressão,
levou ao nível em que,
( ... ) é perfeitamente
concebível que um salto essencial seja possível entre dois estados ou formas,
mesmo inferiores, de consciência. Para retomar e resolver, nos seus próprios
termos, a dúvida anteriormente formulada, há efetivamente, eu direi, muitas
maneiras diferentes de um ser possuir um Dentro. Uma superfície fechada, de
início irregular, pode-se tornar centrada. Um círculo pode aumentar sua ordem
de simetria tornando-se uma esfera. Quer pela ordenação as partes, quer pela
aquisição de uma dimensão a mais, nada impede que o grau de interioridade
próprio de um elemento cósmico possa variar a ponto de se elevar bruscamente a
um novo escalão.
Ora semelhante mutação psíquica deve ser precisamente acompanhada da descoberta da combinação
celular, eis que resulta imediatamente da lei que, conforme atrás reconhecemos,
regula em suas relações mútuas o Dentro e o Fora das coisas. Acréscimo da
Matéria: portanto correlativamente
diríamos, aumento de consciência no meio sintetizado. Transformação
“critica” no arranjo íntimo dos elementos, devemos acrescentar agora: logo, “ipso facto”, mudança de “natureza” no
estado de consciência do Universo.
E agora consideremos novamente à luz destes princípios, o assombroso
espetáculo apresentado pela eclosão definitiva da Vida na superfície da Terra
Juvenil. Esse ímpeto para frente na espontaneidade. Esse luxuriante desencadeamento
de criações fantásticas. Essa expansão desenfreada. Esse salto no improvável
... Não será aí o acontecimento que a teoria nos permite esperar? A explosão da
energia interna consecutiva e proporcionada a superorganização fundamentada da
Matéria?.
Realização externa de um tipo essencialmente novo ao agrupamento
corpuscular, permitindo a organização mais flexível e melhor centrada de um
número ilimitado de substâncias tomadas e em todos os graus de grandeza particulares;
e, simultaneamente, aparecimento interno de um novo tipo de atividade e de
determinações conscientes: por essa dupla e radical metamorfose podemos
razoavelmente definir, naquilo que ela tem de especificamente original, a
passagem critica da Molécula para a Célula, - “o Passo da Vida”. (Teilhard de
Chardin. 1986. p. 91)