Identidade Étnica - Comunidade Nacional – II - Franz Metzler

Observações preliminares

A resposta par as questões (formuladas na postagem anterior) é importante para nós pois, afirmamos de nós que somos portadores da identidade étnica alemã e com a mesma convicção declaramos que pertencemos à comunidade nacional brasileira. O teuto-brasileirismo pressupõe, como dados prévios e permanentes, a identidade étnica alemã e a comunidade nacional brasileira e a eles deve a sua existência.

Provavelmente poucos de nós  já refletiram  sobre a questão se as duas realidades  pode conviver. Levados pela nossa intuição estamos inteiramente convencidos que a identidade étnica alemã e a brasilidade são perfeitamente capazes de sintonizar-se no mesmo peito a serviço de uma harmonia mais elevada.

Só recentemente escutam-se vozes destoantes. Explica-se pelo fato de a forma de conceber os conceitos de identidade étnica e comunidade nacional, ter recebido um novo componente vindo da terra-mãe de origem dos alemães. O fato é que  nunca nos preocupamos em avaliar o que nós queremos que se entenda concretamente com esses conceitos. Representavam para nós simplesmente valores que tinham em grande conta e dos quais tínhamos a consciência de estarem em nosso íntimo, sem termos sentido a necessidade de  os dissecar com o bisturi da razão.

De outra parte não nos foi  possível trabalhar de maneira compreensível os novos conteúdos dos conceitos de identidade étnica e comunidade nacional pois, hoje nos são apresentados com este e amanhã e amanhã com aquele sentido. De Qualquer maneira percebemos que o novo é algo diferentes daquilo que tínhamos entendido até agora. Está na hora de nos darmos conta disso e explicitarmos o que entendemos, a fim de por em sintonia em nós a identidade étnica e o pertencimento à comunidade nacional brasileira. É preciso  examinar também se o novo é sintonizável com essa harmonia. É importante esse esforço porque dele depende a nossa existência como teuto-brasileiros.

A resposta a essas perguntas não é fácil, porque a não existência de conceitos claramente definidos, faz com que o interessado se sinta perdido no meio do emaranhado dos próprios pontos de vista e de opiniões vagas, de momento ainda não bem comprovadas.

Refiro-me a confusão de sentimentos, porque os sentimentos como uma função da alma, não estão subordinados à ordem lógica das leis do pensamento. Aquele que submete a análise da sua vida de sentimentos à armadura de conceitos  rígidos, chegará à conclusão que alimenta sentimentos irreconciliáveis no seu íntimo. Não são necessariamente  percebidos como irreconciliáveis enquanto dormitam ou surgem isoladamente à átona, para fazer valer os seus direitos. Em dado momento, porém, emergem como concorrentes entre si e podem gerar conflitos internos não suspeitados.

Uma reflexão sobre as perguntas aqui colocadas e a tentativa de uma resposta compreensível, poderá por às claras contradições internas de sentimentos, antes de se manifestarem de forma aguda. Ninguém está em condições de decidir sobre seus sentimentos pois, desenvolvem-se sobre a matriz do precondicionamento e alimentados por vivencias ocasionais. Por essa razão apresentam-se de forma diferente em cada pessoa, fato que torna ainda mais difícil a compreensão de cada indivíduo no que diz respeito ao entendimento do conjunto de perguntas.

Mas uma pessoa que reflete logrará realizar uma correção nos seus sentimentos, ao tomar consciência das contradições irredutíveis. Naturalmente não se trata de uma tarefa fácil, porque implica em erradicar sentimentos profundamente enraizados ou pelo menos em redimensioná-los. Tona-se especialmente  complicado nos casos em que a falta de coerência nos sentimentos, não foi uma constatação pessoal, mas foi preciso que um estranho chamasse a atenção sobre os conflitos que ameaçam a integridade de uma personalidade.


Estar em condições  de detectar as contradições em seus sentimentos depende naturalmente, em grande parte, dos pressupostos e dos objetivos que cada um em particular  considera válidos. De é que  para ele se configura como contradição uma situação em que outros já perceberam como insustentável. Caso desejarem que outros nos façam companhia na nossa jornada, torna-se indispensável que concordemos, antes de mais nada, com os pressupostos e os objetivos.

Falando objetivamente: nesta tarefa o teuto-brasileirismo, isto é, a identidade alemã e a comunidade  nacional brasileira são pressupostos e objetivos. A representação da idéia que se tem em relação ao sentido da identidade étnica e da comunidade nacional, devem ser  compatíveis com esses pressupostos e subordinar-se a esse objetivo.

Uma correção torna-se necessária no momento em que esses dois fenômenos coexistirem num teuto-brasileiro de tal maneira  que, no plano objetivo, não se harmonizam. Se não for possível impõe-se  renunciar tanto ao pressuposto quanto ao objetivo e deixar de denominar-se teuto-brasileiro, a não ser que se pretenda viver conscientemente como um hermafrodita.

O presente trabalho acredita no seu pressuposto e procura na perder de vista o seu objetivo. O teuto-brasileirismo não implica numa posição ambígua, mas numa unidade. É indispensável que realize a amálgama entre identidade étnica alemã e a brasileira mesmo que o preço signifique alguma correção de sentimentos.

É forçoso por em dúvida a possibilidade de convencer disto os que são alheiros às nossas vivencias emocionais e muito menos as querem vivenciar. De qualquer forma é importante que saibam como nós teuto-brasileiros pensamos e, fieis à nossa maneira de pensar, percebemos a identidade étnica e a comunidade nacional. Embora sua maneira de perceber seja diferente, porque para eles valem outros  pressupostos e outros objetivos, é importante  que tomem conhecimento do que será dito aqui para que, no futuro, respeitem a nossa maneira de ser.

Já que o conjunto de questões propostas no documento do concurso tem a ver muito com sentimentos, nenhuma das contribuições  está em condições de pretender apresentar respostas  e explicações definitivas, conclusivas e irrefutáveis. Eis a razão porque o presente trabalho não tem a veleidade de ser inquestionável e inatacável nos seus detalhes.

Identidade étnica e comunidade nacional são conceitos, quem sabe, passíveis de outras definições, daquelas que formularemos a seguir. Trata-se aqui, entretanto, de uma maneira de conceber os fatos permite uma sintonia harmônica.

Todo aquele que procurar dar um significado diferente ao conceito de identidade étnica e comunidade nacional, merecerá o nosso aplauso, contanto que tome o cuidado que a harmonia no teuto-brasileirismo seja garantida e contanto que não nos acuse de nada capaz de romper a unidade da nossa personalidade teuto-brasileira.

Identidade étnica e comunidade
nacional em análise – uma
consideração especial para as
modalidades de sentido alemãs

É inegável que a língua alemã permite o mesmo sentido para os dois conceitos: identidade nacional e comunidade nacional.

É licito empregar a expressão “etnicidade alemã” como conceito coletivo para designar a germanidade no mundo. Da mesma forma é possível entender sob a denominação “comunidade nacional alemã” a totalidade  da “etnicidade do povo alemão” (Volksdeutschtum). Linguisticamente é possível e faz-se largo uso disso por razões estilísticas ou por preguiça mental. Não são felizes, entretanto, os oradores e os escritores que não são capazes de perceber a possibilidade de sentidos diferentes nos diversos conceitos.

Num uso lingüístico recente o novo parece que se emprestam sentidos diferentes aos conceitos de identidade e comunidade nacional. Conta-se que o temo identidade étnica é empregado de preferência quando o povo é observado do lado de fora. O termo comunidade nacional  merece preferência quando o povo é visto a partir de dentro. Neste caso os conceitos se sobrepõem, em última análise, naquilo que lhes é essencial. No caso de querer compreender o conceito de povo conforme o espírito dessa nova foram de interpretação lingüística, seriam  preciso, antes de mais nada, defini-lo. Observa-se, de retos, também que o conceito  de identidade étnica está sendo lentamente posto de lado em favor do conceito de comunidade nacional, fato que o observador atento percebe. Hoje se dá mais importância à comunidade nacional.

O objetivo deste trabalho não pode consistir apenas numa análise filosófica  do que hoje ocasional ou normalmente se entende por identidade étnica e comunidade nacional. Muito menos ainda, como se afirmou quando se instalou uma enorme confusão em torno dos conceitos, neste momento quando se pregoa que o povo alemão está por alcançar sua plenitude com a doutrina do nacional socialismo. Se é verdade que o povo alemão está conquistando somente agora a sua valorização plena, fia claro que se pretende entender com o termo povo algo diferentes do que até agora pois, não há que negar que já se  conhecia um povo alemão antes.

Fixemo-nos por isso na questão o que nós teuto-brasileiros entendemos por identidade étnica e comunidade nacional. De outra parte trata-se da única compreensão possível no momento em que nos declaramos pertencentes à identidade étnica alemã e integrados na comunidade nacional Brasileira. Fazemos assim entender previamente que tratamos identidade étnica e comunidade nacional como duas realidades e como dois conceitos distintos.


O que é identidade étnica?

Tentemos uma aproximação do conceito de identidade étnica pelo que ela não é.
A identidade étnica não se identifica com o Estado  porque ultrapassa as suas fronteiras. A identidade étnica alemã floresce também fora do Estado alemão. Isto não acontece apenas com as minorias que resultaram do tratado de paz dos vencedores, pelos quais parcelas do povo alemão foram excluídas contra a  vontade da sua pátria natal. Encontram-se também como grupos livres e compactos nos mais diversos Estados do mundo.

Entre as minorias no rigoroso sentido do termo, que foram colocadas sob a proteção da comunidade das nações (Volksbund) pelos acordos de paz, alimenta-se a nostalgia pelo retorno à Alemanha, pela reincorporação ao Estado alemão e ao seu povo (lembramos o plebiscito da Silésia e do Sarre). O ponto de vista que a identidade étnica poderia ser incompatível  com o Estado, não é em hipótese alguma  o caso dos grupos étnicos que se formaram espontaneamente em datas mais antigas e mais recentes.
Está na memória recente a resistência da Áustria contra a anexação forçada ao “Reich” alemão, por meio do alinhamento (Gleichschaltung) nacional socialista, se bem que exatamente a Áustria se dispusesse a participar da Federação dos Estados Alemães, como um Estado parceiro relativamente autônomo. Ninguém da parte do Estado alemão, porém, se atreva propor aos teuto-suíços a anexação (Gleichschlatung) ou incorporação (Eingliedrung). Os suíços sentem-se  perfeitamente seguros no seio do seu Estado Confederado. Não querem saber de outra forma de autoridade estatal e rejeitam qualquer sugestão neste sentido como a mais negra traição contra a sua comunidade nacional confederada. Independentemente da sua adesão irrestrita à identidade étnica alemã, não hesitariam em atirar, ao lado dos seus confederados de outras procedências étnica, contra alemães que, em nome do Estado Alemão, se atrevessem a violar as fronteiras da Suíça. O mesmo se esperaria dos belgas de hoje, de etnia francesa predominante, uma resistência armada contra uma eventual invasão por parte da França. Quando se acusa a Bélgica de ter permitido a passagem das tropas francesas em 1914, as razões não foram étnicas, mas razões de Estado.

As circunstâncias em que vive o nosso grupo étnico teuto-brasileiro são semelhantes. Embora a nossa incorporação no “Reich” seja um absurdo total (tão absurda como a incorporação dos teuto-suíços), no plano teórico  é licito formular  a pergunta: Quem como teuto-brasileiro estria a favor que o Estado Alemão estendesse a sua hegemonia sobre partes do território brasileiro, onde se encontram consideráveis minorias? Temos  certeza que não se encontrará um único traidor do Estado e da Pátria brasileira. E apesar disto declaramos fidelidade à nossa identidade étnica alemã!

Em última análise não é tão absurda a hipótese da expansão do poder político-estatal sobre o nosso grupo étnico alemão.A estrutura do Estado Alemão e as ramificações da organização para o estrangeiro da NSDAP, empenham-se com toda a seriedade nessa tarefa. Partem de uma compreensão equivocada do que seja identidade étnica sobre os teuto-brasileiros. A resistência que encontram mostra claramente que a grande maioria do grupo étnico teuto-brasileiro sabe distinguir bem entre Estado e Identidade Étnica.

O fato de uma outra parte não perceber a profunda diferença, explica-se em parte pela confusão de conceitos que certos indivíduos crédulos possuem. Explica-se pelo fato de organismos estatais a serviço de uma política externa mascaram elementos buscados na identidade étnica. De outra parte é explicável ainda que um segmento de teuto-brasileiros, induzido por  compreensões equivocadas de fatos, querendo expressar a sua admiração pela nova Alemanha, sem se dar conta vão ao encontro das pretensões dela. Com uma atitude deste tipo não se presta  serviço algum nem à causa étnica, nem ao Brasil, nem à Alemanha. A contradição interna dos sentimentos de tais teuto-brasileiros leva também a conflitos internos. O mesmo acontecerá  se um dia o Estado Alemão estender parcialmente o seu poder sobre regiões do Estado Brasileiro, levando as respectivas populações a conflitos reais.

Identidade étnica e Estado evidentemente não significam a mesma coisa. A identidade étnica, como vimos, continua a existir mesmo para alem das fronteiras do Estado mesmo que isto leve não poucas vezes a acirradas oposições ao Estado  e seus organismos (caso contrario não seria possível que, na condição de cidadãos brasileiros, nos reconhecermos como pertencentes ao  grupo alemão). Não se pode ignorar, entretanto, que o Estado, a comunidade nacional, resgata e promove a identidade étnica.

Suponhamos que na Suíça haja uma identidade étnica suíça específica ao lado das identidades étnicas que compuseram a Federação Suíça. A identidade  étnica suíça distinguir-se-ia da alemã, da francesa, da italiana, como resultado do encontro pelo povo suíço  do caminho em direção à construção no seu Estado, de uma comunidade de destino (Schicksalsgemeinschaft). O resultado seriam  os traços característicos daquilo que com toda a razão  se poderia chamar de identidade étnica suíça.

Não é o Estado em si que gera espontaneamente a identidade étnica. A identidade étnica não é passível de uma indução consciente e comandada. É preciso que evolua organicamente  através da história. Acontece, porém, que o Estado é um pressuposto para que a evolução histórica comum e comunitária aconteça. E é neste  sentido que é um pressuposto indireto na formação da identidade étnica brasileira em formação. Do outro lado confirma-se que também  a livre identidade alemã fora da Alemanha, deve ter emergido  de alguma forma e em alguma época do Estado Alemão.

A identidade étnica não se resume na língua

Mesmo que a língua assim como o Estado seja um  poderoso fator na gênese e na preservação da identidade étnica, a língua comum não pode, de forma alguma, coincidir com a identidade étnica.

Nos territórios da Tchecoeslováquia e da Polônia havia e há ainda populações de língua alemã na época em esses povos lutavam pela independência. Eram tudo menos representantes ou integrantes da identidade étnica alemã. Encontram-se ciganos  que falam e só falam alemão mas ninguém se atreveria a contá-los entre os de etnia alemã. Os judeus falam alemão e contudo se lhes nega a identidade étnica alemã (para um número muito elevado deles injustamente).

Prova-se também de um outro ponto de vista que identidade étnica e língua não são a mesma coisa. Seria desconhecer por completo o problema das minorias nacionais, caso quiséssemos  ver nelas apenas fragmentos de identidade étnica não “resolvidos”, tendo  pro ex., a nostalgia pela reunião com a pátria mãe e seu povo como traço característico. O numero das assim chamadas minorias étnicas, inteiramente estranhas a essa nostalgia, é muito maior do que as minorias “irredentas”.

É a própria Alemanha que se orgulha de ter “germanizado” suas minorias quando estas, na plena liberdade de viver sua maneira própria de ser, não pretendiam ser outra coisa do que alemães. Os  teuto-russos hoje dispersos  pelo mundo todo, pertencem obviamente à identidade étnica alemã, mas o povo russo lhes imprimiu também traços indeléveis. Ao abandonarem a terra natal russa não fugiram da identidade russa, mas do bolchevismo. Hoje, vivendo por assim dizer no exílio, sua nostalgia não se dirige para a Alemanha, nem para a reunião com o povo alemão, mas para a Rússia e a velha identidade étnica russa. As canções do Volga carregadas de sentimentos são o testemunho das suas peculiaridades.

Os bretões não falam francês e contudo inserem-se na identidade étnica francesa. Apontemos novamente a Suíça que, sob o ponto de vista étnico representa a configuração mais interessante e mais instrutiva de todo o mundo, para mostrar que a mesma língua não se confunde com identidade étnica. Um exemplo convincente oferecem também a  Noruega e a Dinamarca. Em ambos se fala a mesma língua, mas cada povo individualmente ostenta uma identidade étnica própria.

Falaremos mais adiante da identidade  étnica brasileira. Podemos adiantar que ela está em vias de acontecer. Na medida em que nos é possível avaliar as coisas, constatamos que não há nenhum obstáculo que impeça a nossa participação no processo e que contribuamos com a nossa parte, sem prejudicar a nossa língua e a nossa identidade étnica alemã.

De outra parte não podemos ignorar as íntimas e mutuas relações entre a identidade étnica e a língua. A perda da língua, via de regra, vem seguida pela perda da identidade étnica, se é que esta já não aconteceu antes. A comunidade da mesma língua é o pressuposto imediato para a gênese da identidade étnica. Grupos dentro do mesmo povo que não se entendem não têm condições de desenvolver uma identidade étnica comum. Nos casos em que se constatam relações de natureza étnica entre grupos diferentes, observa-se em grau acentuado o fenômeno do bilingüismo, da parte de um ou de ambos os grupos. A identidade étnica comum não é viável sem a base da língua comum, na forma da unidade da língua ou do bilingüismo.

Tratando-se do bilingüismo não é necessário que todos os integrantes da respectiva parcela do povo o pratiquem.

Nem todos os teuto-suíços falam francês  e italiano e vice-versa e, contudo, persiste uma identidade étnica suíça. Nem todos os teuto-brasileiros dominam o português, sem que isto os exclua da participação na identidade étnica brasileira em formação. Basta que o bilingüismo esteja presente na respectiva parcela do povo num nível tal que permite o intercâmbio até as minúcias mais insignificantes, com o grupo de outra língua.

Identidade étnica e raça não coincidem

Independentemente do fato de existir ou não um raça alemã, não é de se admirar que, numa época em que o “mito raça” ronda o espaço em que vive o povo alemão, que se confunda identidade étnica com raça, quando exatamente neste contexto existem muitos elementos que provam o contrario.

Façams, antes de mais nada, a seguinte reflexão: na suposição de uma criança teuto-brasileira ser acolhida  num lar de luso-brasileiros e crescer numa ambiente inteiramente luso-brasileiro, ao tornar-se adulta, ela poderá ser considerada como portadora da identidade alemã? Sua raça alemã não se modificou. Caso a raça fosse elemento decisivo a identidade étnica não poderia ter sido perdida, coisa aliás não poucas vezes afirmada por razões políticas, quando na verdade carece de qualquer base objetiva.

Em nosso País existem, não centenas, mas milhares de brasileiros para os quais a identidade étnica alemã é um livro com sete selos, quando pela raça e pelo sangue seriam inconfundivelmente alemães, ao ponto de despertar  inveja a muito alemão orgulhoso da sua raça. Quantas centenas de milhares de italianos e franceses de raça alemã vivem nas províncias setentrionais desses países?

Se hoje uma política nacionalista teoretizante (que ama chamar-se ciência) exige que qualquer  um de “sangue alemão” se integre na identidade germânica e no sentido mais estrito na sociedade nacional alemã, nada mais faz do que, como bom leigo no assunto, confundir os dados objetivos.

Assim como a raça  não exprime  a identidade étnica, a identidade étnica, por sua vez, pode incorporar várias raças. Os descendentes dos hugenotes franceses, que ainda hoje exibem seus nomes e traços físicos franceses, foram com toda a certeza absorvidos ela identidade étnica alemã. Não seria por acaso justo que a maior parte das famílias de judeus, há muito radicados na Alemanha, fosse incluída na identidade étnica alemã? Isso é possível  no momento em que a identidade  étnica é exigida de acordo com uma interpretação materialista unilateral.

Não há dúvida que a uniformidade racial num povo, assim como a língua comum  e a reunião num estado, são fatores de estímulo para a formação de uma identidade étnica uniforme. O “melting pot” norte americano produziu, não em último lugar, resultados tão substantivos, porque houve o cuidado de estimular o afluxo de raças de parentesco próximo.

Mas mesmo as raças afastadas umas das outras encontram-se unidas numa identidade étnica coesa, apos sofrerem as influências de uma longa jornada histórica em comum, contanto que a caminhada se tenha estendido por séculos e até milênios. O próprio povo alemão é um exemplo didático. Ainda hoje é possível avaliar o tamanho da distancia entre os componentes raciais originais, que contribuíram para a sua gênese. Mesmo assim é possível distinguir as diferenças dos trocos em meio ao povo alemão, apesar do milenar destino comum e a miscigenação sanguínea que o acompanhou. Também no povo brasileiro as diferenças raciais não serão capazes de sustar a realização de uma identidade étnica una.

Conclusão: a identidade étnica não se iguala a uma comunidade nacional, lingüística e racial.

Porque afinal escolhemos o caminho das três negações? Porque não nos lançamos  logo na perseguição do objetivo de analisarmos a opinião que provavelmente é a mais generalizada, isto é, que o conceito  de identidade étnica coincide com o conceito de povo, na medida em que o povo é o substrato da identidade étnica? Optamos por esse caminho pela necessidade de nos prepararmos para enfrentar essa interpretação, que é a mais comum.

Povo e identidade étnica não coincidem

O povo é o portador da identidade étnica. Todos os integrantes do povo são portadores da identidade, mas nem todos os portadores da identidade étnica alemã fazem parte do povo alemão. O conceito de identidade étnica é mais abrangente do o conceito de povo.

Na verdade não era de  se esperar outra informação, já que povo e estado coincidem e, ao mesmo tempo, constatamos que estado e identidade étnica são duas realidades distintas.  O “Pequeno Herder” define povo como sendo o conjunto de pessoas ligadas ao Estado. Muitos provavelmente irão chocar-se com a definição e perguntar: Onde se situam então os 35 milhões de alemães que o povo alemão registra e que vivem no estrangeiro? E, contudo, a definição está correta. Povo significa o conjunto de pessoas ligadas a um Estado.

É preciso emprestar um valor tanto maior a essa constatação, quanto mais  o novo Estado Alemão parece esquecer-se que os “35 milhões de alemães” não são cidadãos alemães, não fazem parte do mesmo povo (Volksgenossen) e, portanto, não fazem parte da comunidade nacional. São representantes da identidade étnica alemã fora da Alemanha, sobre os quais a Alemanha não tem jurisdição e não pode exercer poder.

O Estado Alemão de hoje, melhor o seu partido único totalitário, por razões de hegemonia política, prega palavras de ordem para um povo de cem milhões de alemães. O conceito de povo foi de tal maneira ampliado que, na prática, coincide com o de identidade étnica.

Neste caso, em consonância com a doutrina nacional socialista sobre a raça, num passe de mágica, a comunidade nacional é concebida como uma comunidade de sangue. Numa penada só todos os membros da raça, querendo ou não, são rotulados como camaradas do mesmo povo (Volksgenossen).

Mostramos que a identidade étnica não coincide com a comunidade de raça, apesar de essa confusão diluir as verdadeiras fronteiras territoriais da identidade étnica, sem anular o todo. Quando se trata de conceituar o que seja povo, o componente raça torna-se aberrante pois, anula completamente os limites da comunidade nacional, próprios do Estado, em favor de um traçado de fronteiras imaginárias  e sem valor teórico ou pratico, a não se que se aposte no efeito auto sugestivo do pensamento de um povo que se julga grande.Tudo isso parece muito bonito e muito certo. O que diríamos, entretanto, no momento em que a Inglaterra, por ex., reclamasse para si o povo americano, ou Portugal o povo brasileiro, ou a Espanha todas as parcelas dos povos da América Central e do Sul, onde há incidência espanhola. Não passaria de uma flagrante tolice, não é verdade?

Americanos, brasileiros, argentinos, mexicanos, chilenos, com certeza protestariam contra tais pretensões dos seus países de origem. Da mesma forma protestamos também nós que, da parte política da Alemanha, se denomine como povo e comunidade nacional, o que também pode significar identidade éntnica.

É provável que na própria Alemanha não se faça uma idéia exata sobre quantos de sangue alemão estão espalhados pelo mundo que, alem do sangue, não têm mais nada em comum com o povo alemão (em parte também com a identidade étnica). De outra parte convinha lembrar o caso inverso na própria Alemanha da assimilação do sangue estranho dos hugenotes  pela etnia e pelo povo alemão. Acontece, porém, que nós mesmos nos iludimos com a falta de lógica ao apontarmos unilateralmente a raça judaica, proscrita  do povo alemão (da identidade étnica alemã) pelas leis de Nürenberg, fazendo de conta que no seio do povo alemão não existem raças.

Mas para nós aqui no Brasil não pode deixar de cai em vista que a identificação entre raça e povo não tem cabimento. Somos testemunhas da gênese  do povo brasileiro que de forma alguma é alimentado pela natureza racial. Para nós está claro que povo e identidade étnica são duas coisas diferentes. Ninguém irá eximir-se deste ponto de vista, a não ser que se tenha  deixado induzir ao erro pela aberração de um complexo sentimento, a partir do momento em que se instalou na Alemanha uma nova forma de governo – que se auto denomina totalitário -. Tem a pretensão de exercer uma influência  pertinente apenas ao povo alemão, sobre a identidade étnica toda.

Com isso demonstramos, dentro dos limites do pouco espaço de que dispomos, para aqueles que ainda precisam superar a concepção errônea que lhes foi passada, que povo e identidade étnica não são conceitos equivalentes. O povo vive do Estado, a identidade étnica vivem também fora do Estado. Identidade étnica vem a ser um conceito mais abrangente do que o conceito de povo. O que afinal se entende por esse conceito, ainda não sabemos.

Está fora de qualquer tipo de  discussão que ao “Reich” alemão, ao Estado Alemão, assista o direito de  exercer fora das suas fronteiras, influência política direta ou indireta, sobre a identidade  étnica alemã. Pergunta-se então: Neste caso a Alemanha não tem nada a ver conosco que somos de etnia alemão num mundo não Alemão? Não.

A Alemanha tem o direito de desenvolver a sua propaganda cultural em qualquer parte do mundo e de maneira especial ente os grupos com identidade étnica alemã. Esta afirmação  leva-nos  à última pergunta, antes de estarmos em condições de definir positivamente o que é identidade étnica.

Uma relação semelhante àquela que se estabelece entre povo e identidade étnica, verifica-se entre comunidade cultural e identidade étnica. Comunidade cultural implica num conceito mais genérico e menos definido do que identidade étnica. Desta maneira é permitido falar em comunidade cultural ocidental, mas não de uma identidade étnica ocidental. Da mesma forma é licito falar de identidade étnica alemã no mundo, não, porém, de povo alemão de cem milhões, pela simples razão que o termo alemão é privativo aos cidadãos alemães.

O conceito de identidade étnica situa-se a meio caminho entre comunidade nacional e comunidade cultural.


O que se entende então por identidade étnica?

A identidade étnica não significa qualquer forma  de comunidade cultural mas uma íntima relação com a cultura (Kulturverbudenheit). Identidade étnica não é a mesma coisa que Estado mas em algum momento na História brotou do Estado e do povo do Estado. É encontrável no meio do povo e floresce e medra  numa infinidade  de formas paralelas mais importantes ou menos importantes, que se desenvolveram simultaneamente, apresentando nuances sempre diferentes, fora do contexto de um povo ou numa relação solta com ele. Identidade étnica não é comunidade lingüística. Pressupõe a língua mãe da identidade étnica pelo menos no âmbito familiar sem nela se esgotar. É preciso que se acrescente o cultivo dos costumes e dos usos, que têm uma relação mais íntima com a língua (a canção alemã, etc). Identidade étnica não é raça mas proceda da raça ou da correspondente miscigenação racial como o pressuposto mais importante. Os outros pressupostos como  educação, as circunstâncias contextuais como a maneira de sentir, de pensar e o modo de agir são menores mas igualmente determinantes.

Identidade étnica é, à sua maneira, um estilo de vida antes do que vivencia consciente ou declaração de adesão. Identidade étnica é o ápice do desdobramento da personalidade.

Existe uma identidade étnica alemã. Se  nós teuto-brasileiros quisermos que os valores da nossa personalidade que dormitam  em nós, cheguem ao desdobramento pleno, é indispensável que cultivemos e preservemos a nossa identidade étnica. Não basta  o esforço isolado, porque resultaria em degenerescência. É preciso que aconteça na comunidade, na comunidade étnica, que não deve ser confundida com a comunidade nacional vinculada ao Estado.


O que se entende por comunidade nacional?

A resposta para esta questão tem no nome a sua resposta inequívoca. Comunidade nacional é a comunidade do povo. Supondo que a humanidade nunca tivesse passado pelo liberalismo e o individualismo, não haveria necessidade de, ao lado do conceito de ovo, recorrer ao conceito específico de comunidade nacional. Povo e comunidade nacional significariam simplesmente a mesma coisa. Como s entende isto?

Já vimos que o povo é definido como totalidade das pessoas  ligadas ao Estado. Trata-se de uma definição liberal e individualista. O termo totalidade é empregado em lugar de comunidade. O Estado com o perfil em que a comunidade não encontra espaço a totalidade forma uma unidade, mas o indivíduo age como uma individualidade autônoma buscando livremente o seu proveito, não se sentindo comprometido com os demais integrantes do mesmo povo. É verdade que o estado, em nome da manutenção da unidade, o mantém cativo como numa gaiola, mas não há condições de deitar raízes na comunidade como um membro vivo dela.

Uma concepção de Estado autêntica só pode entender o povo como uma comunidade nacional na qual ao indivíduo cabem obrigações com o todo e o todo para com o indivíduo.

Concretamente a ciência liberal individualista e seus popularizadores políticos não lograram transformar em realidade o seu ideal de sociedade, porque teria significado a total dissolução da mesma. Mesmo no auge do liberalismo a comunidade nacional continuou existindo. Nela subsistiram as obrigações dos indivíduos para com o todo. Contudo aproximara-se muito perto do ocaso. Por isso é louvável que atualmente se acentue e se sublinhe a importância da presença da comunidade nacional em meio a um povo. É preciso reconhecer este mérito , mesmo que tenhamos que negar que a comunidade nacional tenha sido uma descoberta ou até uma invenção dos tempos de hoje.

Se, por acaso, a Alemanha de hoje, marcada pela cosmovisão nacional socialista, descobriu alguma coisa nova, então  se trata de algo equivocado e insustentável na medida em que igual a comunidade nacional e identidade étnica à comunidade de sangue. O próprio termo “comunidade de sangue” é um conceito equivocado, porque pare do pressuposto que, sem mais, o mesmo sangue determina uma comunidade. Não é o caso pois, a comunidade implica numa união, numa aliança mútua, etnicamente fundamentada.

A comunidade, assim como a entendemos, pode-se e deve-se admitir num povo, num povo dentro de um Estado, que vive para o que der e vier, como uma comunidade de objetivos, mesmo no caso em que não  existem os  laços da “comunidade de sangue”.

Na hipótese de admitirmos o contrário, isto é, considerando o povo como uma comunidade de sangue, termina-se num conceito de povo monstruoso e mistificador. Invade-se o espaço privativo de utros povos e chega-se ao absurdo quando se insiste que a comunidade nacional se fundamenta numa igualdade concreta de sangue, m casos em que outras comunidades nacionais fazem valer uma situação de direito mais objetivo, porque baseado concretamente no Estado.

De nada adianta, quando os teóricos do nacional socialismo argumentam que o conceito alemão de povo não se aplica (entre nós, por ex.,)ao conceito “português" de povo. Povo (Volk) seria algo inteiramente diferente de povo. O primeiro não encontraria tradução no português e o segundo não seria traduzível para o alemão. Isto na passa de uma fantasia mistificadora, sem qualquer valor conceitual, destinada unicamente  para mascarar a impossibilidade de superar  a duplicidade do pertencimento a um povo e, salvaguardar a comunidade nacional assim entendida, frente aos outros povos.

O autor da presente matéria respondeu a um nacional socialista que tentou explicar-lhe essas relações, ou melhor, embaralhar seus conceitos: “vocês alemães de hoje reclamam parcela mística extra. Não têm o direito de exigir que os acompanhemos. Ainda entendemos povo por povo, o mesmo que o latim por “populus”, o francês peuple” e o brasileiro por “povo”.

O povo neste sentido tem como meta formar uma comunidade nacional. O que na comunidade de sangue extrapolar a abrangência do conceito de povo, pode ser considerado como comunidade étnica e como tal, como já vimos, algo diferente de comunidade nacional.


Algo sobre identidade étnica
e comunidade nacional brasileira

Definimos a identidade étnica como um estilo de vida e uma adesão consciente a ele. Afirmamos em outra passagem que a comunidade étnica  não é passível de indução nem se deixa dirigir.É o resultado de um crescimento no decorrer da história. A historia brasileira é medida conforme parâmetros europeus. Assim constatamos que ela é muito recente e não se pode esperar que a identidade brasileira esteja pronta e acabada, ostentando  uma articulação interna rica e profunda.

O Brasil é um país jovem  e graças à sua diversidade racial um país novo. Pensamos de maneira diferente daqueles que querem explicar toda e qualquer desagregação das sociedades e dos povos pela nova teoria racial e pela miscigenação. Basta não interferir no curso normal da natureza e na sua dinâmica. No decorrer dos séculos o povo alemão evoluiu não para uma raça pura mas para uma unidade orgânica a partir de componentes raciais variados.

O Brasil tem ainda pela frente  a tarefa de construir o seu grande futuro e a sua identidade étnica a partir de uma composição rica.

Na configuração essa identidade será decisivo, em grande parte, o grau de desenvolvimento conquistado na formação da comunidade nacional. O período da rapinagem colonial esta superado, período em que o comércio, a ganância egoísta e não o amor à pátria, eram os motivos (embora muito forasteiro ainda hoje acredite que se trata de um objeto de exploração). Aqueles que devotavam amor à terá libertaram-na das mãos dos seus espoliadores. Hoje o povo não se resume em apenas naquilo que na definição liberal se chama, um conjunto de pessoas reunidas num Estado, mas uma autêntica  comunidade, unida pelo ardente amor para com a pátria, alimentado pela fé no seu destino de grandeza e poder e pelo esforço de todos nos seu crescimento.

Ninguém neg que a comunidade nacional ainda é passível de maior desenvolvimento, e de fato necessita de mais crescimento. Ninguém nega que a comunidade nacional se encontra nos seus começos, mas apesar disso temos uma identidade étnica brasileira e faremos tudo para que se desenvolva com êxito. Temos uma comunidade nacional para com a qual temos deveres sagrados.É preciso que todos aqueles que não fazem parte da nossa comunidade nacional entendam e que devem desistir de reclamar que nos integremos na sua comunidade nacional.

O teuto-brasileirismo

As premissas que colocamos até aqui supõem a existência de um teuto-brasileirismo. A identidade alemã permite uma composição com a brasileira. O estilo alemão admite a inserção no estilo de vida  brasileiro condicionado pela terra e pelas características ambientais. A sua inserção é natural. E a identidade brasileira em formação  não sofre nenhuma ruptura com a nossa fidelidade para com a identidade alemã, quando traços seus passam a integrar a identidade étnica brasileira, via comunidade nacional. Não há dúvida que isso acontece. Basta lembrar o belo costume alemão da árvore de Natal. A identidade étnica alemã, assim como nós a concebemos, está longe de prejudicar  brasileira. Pelo contrario. Está sempre disposta a enriquecê-la  ao longo da sua formação e contribuir com o seu desenvolvimento.

Desta maneira a identidade étnica alemã se insere na comunidade nacional brasileira. Sem dúvida devemos exatamente a nossa  identidade étnica, já que como vivemos, oferece-nos a possibilidade  de desenvolver no mais alto grau a nossa personalidade. Supondo que levemos a sério a nossa comunidade nacional, não nos resta outra alternativa a não ser pôr à sua disposição o que temos de melhor. E este melhor brota da nossa identidade étnica vivida conscientemente e de acordo com a nossa maneira de ser. Os nossos concidadãos de outras identidades o sabem também. Plínio Salgado, fundador  do movimento integralista, escreveu a seguinte frase no contexto de um extenso artigo. “Aquele que é incapaz de honrar o país  dos seus antepassados (participando da sua identidade, observação do autor)não será capaz de honrar a sua pátria, será incapaz de inculcar em seus filhos o amor à pátria brasileira”.

O teuto-brasileiro representa  a incorporação da identidade alemã  na comunidade nacional brasileira, pela glória desta identidade étnica e pela grandeza da pátria brasileira.

Chegamos ao fim das considerações sobre identidade étnica e comunidade nacional. Apenas uma questão tratada pelo concurso não foi expressamente tratada. Poderia ser esquecida  sem maior prejuízo pois, já foi respondida. Mas nem todos são suficientemente perspicazes ao ponto de lerem nas entrelinhas uma resposta penosa e cuja apresentação  expressa lhes gostaríamos de poupar. Por essa razão registramos a sua formulação.

A comunidade nacional alemã é um assunto que diz respeito ao povo alemão. As obrigações que daí decorrem e os vínculos que se estabelecem, dizem respeito somente ao povo alemão, ao povo que integra o Estado Alemão. Quem se confessa seu adepto não tem como pertencer à comunidade nacional brasileira. Quem está inserido na comunidade nacional brasileira é obrigado a renunciar a comunidade nacional alemã, apesar da sua adesão livre, alegre e orgulhosa à identidade étnica alemã. É forçoso abandonar a idéia de querer  despertar no segmento teuto-brasileiro do povo, a fantasia de uma comunidade nacional alemã.

Em nome de um milhão de teuto-brasileiros conscientes levantemos o protesto contra a perversa falsificação do conceito de comunidade nacional, desvinculada de fronteiras e da organização do Estado. Nós da nossa parte prestigiamos e consideramos sagrada a nossa comunidade nacional, que julgamos de acordo com o nosso conceito de pátria. Segundo ela a comunidade nacional do alemão é a Alemanha e para o brasileiro o Brasil.

Que viva a Alemanha!

Que viva o Brasil!

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