Exmo Sr. Presidente do
Centro Cultural 25 de Julho e demais membros da Diretoria, senhoras e senhores
associados e demais admiradores e amigos da herança cultural alemã.
O convite para proferir uma
palestra por ocasião do 50º aniversário do Centro Cultural 25 de Julho, foi para
mim uma agradável surpresa, uma grande honra e ao mesmo tempo significa uma
enorme responsabilidade. Agradeço de todo o coração.
Quando me pus a refletir
qual seria um tema digno e pertinente para uma ocasião de tanta relevância,
vieram-me à lembrança dois momentos decisivos que marcaram a história dos
descendentes dos imigrantes alemães no Rio Grande do Sul, dois momentos
decisivos em que os teuto-brasileiros foram postas frente a desafios de grandes
proporções. Foram obrigados a refletir seriamente sobre o lugar que lhes cabia
ocupar na sociedade nacional brasileira. Falo da Primeira Guerra Mundial –
1914-1918 e da Segunda Guerra Mundial – 1939-1945. Nas duas a Alemanha acabou derrotada, física e moralmente destroçada,
economicamente arruinada, socialmente desorganizada e execrada pela opinião
pública mundial. O reflexo mais visível dessa situação sobre os descendentes de
alemães e, de modo especial, no Rio Grande do Sul, foi a desconfiança e a
aberta hostilidade em relação a eles da parte dos demais segmentos étnicos,
especialmente dos luso-brasileiros, somado a um profundo golpe na auto-estima.
No contexto dessas duas
situações surgiram iniciativas em meio ao grupo teuto-brasileiro do Rio Grande
do Sul, com a finalidade comum de recuperar a auto-estima em baixa, mostrar aos
concidadãos de outras procedências étnicas, que os descendentes dos imigrantes
alemães tem sido elementos úteis no todo da nacionalidade e, que a fidelidade à
língua e às tradições em nada comprometia o seu patriotismo. Pelo contrario
constituía-se num pressuposto para exercê-lo na sua plenitude.
Depois da primeira guerra
mundial a iniciativa mais importante neste sentido foi da monumental obra organizada
e, na sua maior parte redigida pelo Pe.
Theodor Amstad: “Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul – Cem Anos de
Germanidade no Rio Grande do Sul”, publicada por ocasião do primeiro centenário
da imigração alemã em 1924, pelo “Verband Deutscher Vereine” –Federação das
associações alemãs.
Terminada a Segunda
Guerra Mundial, com a Alemanha novamente derrotada, destruída e arruinada, o
Pe. Balduino Rambo, o Pe. Henrique Pauquet, junto com pastores protestantes,
num esforço interconfessional, criaram o “Comitê de Socorro à Europa Faminta” –
a “SEF”, com a finalidade de reunir alimentos não perecíveis, roupas, agasalhos
e valores em dinheiro, para socorrer os
alemães na sua extrema miséria. Reerguida a Alemanha, os mesmos
idealizadores da SEF, reuniram-se no dia 25 de julho de 1951, para fundar o
“Centro Cultural 25 de Julho” tendo como objetivo “a pratica da língua alemã e
contribuir para a preservação e aprimoramento do seus conhecimentos de
literatura, técnica profissional e ciências, etc., sem prejuízo do idioma
nacional... e difundir entre aqueles sócios que não conhecem ou conhecem pouco,
de acordo com o critério no “Centro Cultural 25 de Julho”. Por meio do
canto e de outras atividades culturais o
“25 de Julho”, transformou-se nos últimos 60 anos num dos grandes responsáveis
pela preservação da identidade dos descendentes dos imigrantes de até sexta
geração e responsável também pelo sadio orgulho que sentem pelo que foram e
pelo que são. As realizações do “25 de Julho”, por serem mais recentes, estão
na memória da maioria dos interessados no assunto. Por essa razão vou
concentrar-me prioritariamente na situação criada pela Primeira Guerra Mundial,
retratadas nas linhas e nas entrelinhas do “Hundert Jahre Deutschtum in Rio
Grande do Sul – 1824-1924”.
Coube ao Pe. Amstad
organizar e redigir a maior parte do testo desta monumental publicação oficial em comemoração ao
centenário da imigração alemã no Rio Grande do sul. A obra foi encomendada pelo
“Verband Deutscher Vereine e publicada
pela Typographia do Centro em 1924. Trata-se, a meu juízo, de uma das obras de leituras básica para
qualquer um que queira familiarizar-se com a história da imigração alemã no Sul
do Brasil. Na apresentação aparece um detalhes até certo ponto estranho. Não
consta o nome do Pe. Amstad como autor. Sabe-se entretanto que foi ele seu
organizador e o responsável por mais de oitenta por cento do texto. O restante
do texto é da autoria do jornalista Arno Phillipp.
O motivo declarado da
obra foi obviamente a comemoração do primeiro centenário da imigração alemã.
Mas a começar pela escolha do próprio titulo, sugerem-se considerações que extrapolam o sentido comemorativa. Convém lembrar
que a data, 1924, coincidiu com um complexo de fatos históricos, sociais,
políticos, econômicos e religiosos que se refletem, direta e indiretamente, nas
páginas da obra e, de modo especial, no discurso escolhido elo autor.
A primeira guerra
mundial, 1914-1918, obrigara os imigrantes alemães e seus descendentes no
Brasil e, especificamente no Rio Grande do Sul, a uma série de reflexões. A
aliança do Brasil com os aliados em
guerra contra a Alemanha, fez subir à tona algumas questões, até então latentes, assumindo
proporções que a atmosfera dos grandes conflitos costuma exagerar ao extremo. Na
época viviam ainda muitos imigrantes diretamente vindos da Alemanha. Mas a
média da população teuta era formada pelos descendentes de primeira, segunda,
terceira e até quarta geração. É mais do que compreensível que numa situação
destas a atenção das autoridades e do segmento luso-brasileiro se voltasse com
atenção especial para as comunidades de descendência alemã. Os noticiários
nacionais e internacionais carregavam
cada vez mais as cores contra a Alemanha e os alemães, terminando por
pô-los sob suspeita e confiná-los num incômodo e doloroso isolamento. Passou-se
a suspeitar da autenticidade, da
sinceridade e da lealdade das suas intenções como cidadãos. Foram tratados como
cidadãos de segunda categoria e vistos como traidores em potencial. Toda essa
situação foi alimentada por uma série de fatores que até então haviam causado
pouca ou nenhuma preocupação para as autoridades e a opinião pública do País.
Entre eles sobressaem alguns com significado especial.
Os descendentes dos
imigrantes alemães concentravam-se em regiões exclusivas ou quase exclusivas.
Destacavam-se na paisagem do Rio Grande do Sul e Sana Catarina pela sólida
organização comunitária, pela laboriosidade, pelo apego às tradições, pela
língua, pela alta escolaridade, pelo progresso econômico, pela intensa vida
associativa ... Davam assim a falsa impressão para muitos de um enclave étnico renitente à assimilação
no todo da nacionalidade brasileira. Para muitos essa impressão foi reforçada
pelas próprias características físicas desses brasileiros de pele, cabelos e olhos claros e estatura acima da média
nacional. Alem disso permaneciam firmemente agarrados aos valores dos antepassados. Entre todos
esses elementos um os estigmatizou de maneira toda especial. Exibiam um alto
nível de alfabetização, mais de 90%, quando a media nacional não passava dos
30% a 40%. A resposta estava nas escolas criadas, administradas e controladas
pelas comunidades, não só no que dizia respeito ao aspecto gerencial, como
também e, principalmente, quanto ao
currículo, à filosofia pedagógica, aos métodos didáticos praticados e aos
próprios professores. Acontece que nessas escolas o alemão continuava sendo a
língua de ensino e o português constava apenas como matéria curricular. O
resultado final deste estado de coisas não podia ser outro. Uma população toda
alfabetizada, gozando de um nível cultural significativo, em condições,
portanto, de assumir um posicionamento político consciente, fiel às tradições,
falando alemão na família e no
relacionamento quotidiano nas comunidades.
Não é de se admirar que
essa situação que, até 1914, costumava ser vista com certa estranheza pelos
luso-brasileiros, mas tolerada e até aceita como normal, com o evoluir da
guerra, assumisse conotações muito
diferentes. Para a tradição luso-brasileira ficava difícil acreditar que essa
gente cultivando costumes germânicos, falando mal ou nem sequer falando
português, numa situação de guerra contra a sua terra de origem, fosse capaz de
colocar a obrigação como cidadãos brasileiros acima de qualquer outro valor.
As conseqüências não se
fizeram esperar. A imprensa em língua alemã foi proibida, clubes e associações
fechados proibida a língua alemã nas
escolas. Essas providências sinalizavam aos teuto-brasileiros que, de então
para o futuro, as circunstâncias da guerra os levaria a refletir com muita
seriedade sobre a compatibilidade de sua condição de cidadãos brasileiros e a
preservação da língua e as tradições da sua herança cultural. Os fatos estavam
a mostrar-lhes que o ritmo da inserção
definitiva e integral na comunidade nacional, também no que se referia ao
aspecto cultural, deveria ser acelerado. Aliás essa sensação motivou na época a
tomada de decisões de não poucas lideranças do meio teuto.
A reação do mundo
teuto-brasileiros o clima hostil em que vivia não foi uniforme. Lideres das mais diversas
procedências partiram para iniciativas com a finalidade de ir ao encontro do novo panorama que se
esboçava. O arcebispo de Porto Alegre, D. João Becker tomou a frente. Apesar de
alemão nato impôs aos padres sob sua jurisdição proferirem os sermões em língua
portuguesa e as escolas comunitárias a adotá-la como língua de ensino. Considerando
a autoridade inconteste da autoridade eclesiástica, pode-se imaginar facilmente
o impacto que essa determinação causou nas comunidades teuto católicas. A
reação do mundo teuto-brasileiro não foi uniforme e assumiu proporções
diferentes nas diversas situações. Assim, por ex., a Sociedade Orfeu de São
Leopoldo modificou os estatutos alinhando a instituição com os rumos
nacionalizadores em curso. Os professores das escolas comunitárias em suas
assembléias começaram uma reflexão
insistente sobre os rumos que lhes cabia imprimir à educação das novas gerações
a fim de prepará-las para enfrentar a
nova realidade. Reinava a convicção generalizada que estava chegando ao final a fase em que os imigrantes e seus
descendentes foram deixados em paz nas suas linhas e picadas. Raras vezes
alguém lhes punha sob suspeita a sinceridade da sua cidadania, pelo fato de não
falarem ou falarem mal o português e se manterem fiéis às tradições. As
evidências sinalizavam para um novo capítulo da dinâmica da inserção na comunidade
nacional, marcado por prenúncios de grandes turbulências e sérios conflitos com
o segmento luso-brasileiro na definição dos rumos do futuro do País.
Entretanto a guerra
terminara com a derrota da Alemanha. Para os teuto-brasileiros orgulhosos da
sua origem e ascendência, este desfecho
significou uma imensa frustração. A humilhação da Alemanha somada à atmosfera de desconfiança e hostilidade em
que viviam como cidadãos brasileiros, derrubou-lhes a auto-estima até um nível critico. Tornara-se urgente que
uma iniciativa fosse tomada no sentido de devolver-lhe o orgulho sadio pelo
que eram e pelo que realizavam de útil
em favor da região e do País. Essa preocupação perpassa as seiscentas e cinqüenta páginas do “Cem
Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul”. No prefácio da obra o Pe. Amstad
expressou claramente esta preocupação.
“Cem
anos de germanidade no Rio Grande do Sul” é o titulo da presente obra
comemorativa. Isto significa ao mesmo tempo o fecho da obra realizada aqui
pelos alemães, a obra cultural da germanidade na qual colaboraram diversos
segmentos. Sem diferença de religião e
de concepções políticas, foram reunidas as pedras para a edificação da obra
comum. A todos que colaboraram, um obrigado do fundo do coração! A
recompensa consiste na certeza de terem
contribuído para a recuperação da honra da aterra dos antepassados, no momento
em que ela geme mergulhada na humilhação e na escravidão. (Cem Anos de
Germanidade, 1999, p. 9)
As comemorações do primeiro centenário da imigração alemã no
Rio Grande do Sul teve, além dos “Cem Anos de Germanidade”, outro momento de
afirmação da germanidade. Em São Leopoldo e em Novo Hamburgo foram inaugurados
monumentos alusivos ao acontecimento, ao mesmo tempo em que era
institucionalizado o “Dia do Colono” fixado para o dia 25 de julho. Todos esses
esforços em chamar à consciência o orgulho da germanidade, não tardaria em
colidir frontalmente contra ...
Com
o modernismo que desde 1917 iniciara a sua caminhada influenciando as artes e
posteriormente a política. Nele se faziam presentes traços nitidamente
nacionalistas que rompiam com o romantismo, o parnasianismo e o realismo.
Negando ideais e idéias européias,
buscava a independência intelectual do Brasil. Acentuava a política de
defesa do “espírito nacional”,
cultivando as tradições do País e
sublinhando o português como língua nacional. Toda essa movimentação queria
“abrasileirar o Brasil”. Termo chave para a época passa ser “brasilidade”. (Cem Anos de Germanidade,
1999, p. 8)
Esse novo rumo teve a sua
expressão mais visível na “Semana de Arte Moderna” realizada em São Paulo em
1922, culminando 15 anos mais tarde na Campanha de Nacionalização. O Estado
Novo, instalado em 1937, consagraria definitivamente o estado nacional centralizado,
acompanhado de evidentes motivações, características e estratégias
nacionalistas. Mesmo para o observador menos avisado não passava
despercebido que a heterogeneidade
étnica, cultual e lingüística, dificilmente continuariam a ser tolerados. Não
restava dúvida de que as autoridades responsáveis pela nova ordem, se valeriam
de todos os meios legais e coercitivos para diminuir e, se possível, apagar as
diferenças. O prenúncio fez-se realidade logo depois da implantação do Estado
Novo. Leis, decretos, portarias, ordens de serviço, etc. escudados pela ação
policial, na maioria dos casos draconiana, puseram em marcha um conjunto de
instrumentos, com o objetivo de “abrasileirar”, de uma vez por todas, as
dezenas de grupos e identidades étnicas, assim chamadas “alienígenas”,
estabelecidas dentro das fronteiras nacionais. Na mira estavam em primeiro
lugar as escolas étnicas, sobretudo as comunitárias nas regiões de colonização alemã. Na maioria
delas o alemão continuava sendo a língua de ensino e o português figurava
apenas como disciplina curricular obrigatória. Em não poucas escolas o
aprendizado da língua nacional ou da “língua” como os descendentes de alemães
costumavam chamar o Português, encontrava uma série de dificuldades que, na
pratica, terminavam por torna-lo inócuo. Entre as razões merecem citação: o
deficiente preparo de muitos professores para ensiná-lo corretamente e falta de
estímulo para praticar a língua no dia a
dia das pessoas. A comunicação em família e no convívio comunitário dava-se quase
exclusivamente nos dialetos herdados dos antepassados. O pouco que fora
aprendido na escola cairia no esquecimento com o termino dos quatro anos
obrigatórios de freqüência escolar. Considerando essa realidade pode-se
afirmar que nas comunidades teutas dos estados do Sul do
Brasil, a língua aprendida na família, a língua do quotidiano das comunidades,
era o dialeto, com uma larga predominância do “Hunsrückisch”, acompanhado das
inevitáveis adaptações impostas pelo
meio geográfico e sócio-cultural dos estados do Sul.
“Cem Anos de Germanidade”
reflete obviamente também essa realidade. Esforça-se por mostrar aos
brasileiros de todas as origens étnicas e principalmente aos luso-brasileiros a
contribuição alemã em todos os segmentos da atividade humana, para desfazer
qualquer dúvida a respeito da sinceridade do comprometimento dos alemães para
com o progresso do País. Não se tratava de uma minoria irredenta, um quisto ou
um enclave étnico, mas brasileiros que empenhavam todas as suas energias e
potencialidades em favor da terra em que haviam nascido. Queremos deixar claro
que na intenção e na atitude de há muito estavam definitivamente
“abrasileirados”. O que faltava viria ao
natural no espaço de algumas gerações,
bastava confiar a dinâmica do processo à
lógica da História. Mas, como se constatou 15 anos mais tarde, exatamente no
ano do falecimento do Pe. Amstad, o “abrasileiramento” espontâneo foi
atropelado pela política de nacionalização do Estado Novo. Não é do objetivo
desta palestra detalhar e aprofundar essa questão.
O conteúdo da obra somado
ao discurso escolhido revelam a grande preocupação do seu outro e organizador,
que deve ser entendida no macro-contexto acima esboçado.
Resumindo as
considerações sobre “Cem Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul”, o leitor
tem em mãos uma obra, ou melhor, a obra mais completa sobre a contribuição no
Rio Grande do Sul, nos primeiros 100 anos. Para complementar os objetivos acima
apontados, a obra brinda o leitor com dados estatísticos que dificilmente poderão
ser encontrados em outra obra do gênero. Os 20 anexos no final da obra valorizam-na em muito, além
de sinalizar para pesquisas de dimensões inéditas na história da imigração
alemã no estado do Rio Grande do Sul. Com
o “Cem Anos de Germanidade” o Pe. Amstad e demais responsáveis pela
obra, legaram à posteridade um magnífico resumo da história política,
econômica, social, educacional, religiosa, cultural, do século dezenove e das
duas primeiras décadas do século vinte, no Rio Grande do Sul.
E par encerrar permito-me
repetir que as palavras finais do prefácio do “Cem Anos de Germanidade”
escritas em 1924, continuam atuais e ainda hoje válidos, 80 anos depois e
expressam muito bem os sentimentos e as convicções da diretoria e dos
associados do “25 de Julho” e dos admiradores da cultura alemã, na data do
jubileu de ouro deste benemérito Centro Cultural.
Parte pois, “Mensageiro
do Centenário” do trabalho e das obras alemãs! Leva antes de mais nada a todos os lares dos
colonos a notícia daquilo que os nossos antepassados realizaram. Acende nos netos o fogo sagrado da emulação, para
que um dia também os seus nomes se perpetuem em obras que enobrecem!. Entra
também nos majestosos palácios das
cidades, onde quer que more um alemão pois, de mãos dadas, colônia e cidade
realizaram a grande obra cultural do século
“Mensageiro do
Centenário”, pede discretamente licença
para adentrar também nas moradias dos nossos concidadãos de outras nacionalidades! Não poucos, com
certeza, irão reconhecer, sem inveja, os nossos méritos e alegrar-se conosco
por aquilo que o empenho e a tenacidade alemãs realizaram no Rio Grande do Sul.
“Mensageiro do Centenário”, cruza também os mares do mundo e leva para a velha
pátria notícias do trabalho e das aspirações alemãs no distante Brasil. Mostra
aos nossos compatriotas de lá , por palavras e imagens, que permanecemos fieis
à índole alemã, permanecemos fieis aos bons ensinamentos, aos bons costumes que
nossos pais trouxeram da velha pátria e nos transmitiram como o mais precioso
dos legados.